Bloqueio de R$ 2,9 bi no orçamento da União é “prática de boa gestão”, afirma Alckmin
De acordo com vice-presidente, medida faz parte das ações do governo para chegar a déficit zero até o fim do ano
Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou na sexta-feira (22), que o bloqueio de R$ 2,9 bilhões do orçamento da União, é uma “prática de boa gestão” para fechar 2024 com déficit zero.
“O que o governo quer? Ele quer déficit zero. Então, de um lado, procura-se combater a sonegação, e a arrecadação tá indo bem, do outro lado reduz-se gastos pra você ter responsabilidade fiscal”, disse Alckmin.
Nesta sexta-feira (22), os ministérios da Fazenda e Planejamento anunciaram um bloqueio do Orçamento da União na ordem de R$ 2,9 bilhões. A publicação acontece a cada dois meses e tem o intuito de avaliar quanto o governo pode gastar.
Os cortes incidirão sobre os gastos não obrigatórios, que são aqueles livres para que os ministérios possam gastar e envolvem também investimentos. De acordo com o relatório, os ministérios preveem um déficit de R$ 9,3 bilhões, equivalente a 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2024, embora a meta do governo seja alcançar o equilíbrio até o fim do ano.
Os dados mostram ainda que o governo não pode aumentar as despesas acima de 70% da projeção de arrecadação. Além disso, os gastos não podem ultrapassar 2,5% ao ano, acima do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do ano passado.
“Você imagina que vai arrecadar tanto, mas não é certeza. Então se contingencia parte do orçamento, se lá na frente arrecadou, descontingencia. Se não arrecadou, já está contigenciado. É uma prática de boa gestão”, afirmou o vice-presidente.
Os discursos foram feitos durante visita de Alckmin ao Centro de Inovação do Senac RJ, na capital fluminense.