BNDES defende uso de subsídios para impulsionar transição energética no Brasil
Diretora de Infraestrutura e Transição Energética do BNDES, Luciana da Costa, ressalta importância de subsídios para acelerar agenda de economia verde
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A Diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciana da Costa, defende o papel crucial dos subsídios para impulsionar uma agenda de economia verde e acelerar a transição energética no Brasil. Em entrevista ao Estadão, Luciana destaca a importância de medidas semelhantes às adotadas por outros países, alertando que o Brasil corre o risco de se tornar um simples exportador de matéria-prima caso não acelere sua transição energética.
Para Luciana da Costa, o Brasil possui vantagens comparativas significativas, como custos competitivos em energias eólica e solar, que o tornam apto a liderar a descarbonização de sua economia. Ela enfatiza a importância de criar subsídios para viabilizar projetos de transição energética e enfatiza a necessidade de agir rapidamente para que o país não fique para trás nessa agenda global.
A diretora destaca o diálogo estreito com o Ministério da Fazenda, ressaltando que o governo está alinhado com a importância de aumentar os subsídios para a transição energética. Ela menciona a ambição de expandir o Fundo Clima, que financia projetos de descarbonização, e discute a possibilidade de estabelecer subsídios para a produção de hidrogênio verde, uma fonte promissora de energia sustentável.
Luciana também aborda a importância de projetos de curto prazo para melhorar a economia e a qualidade de vida da população, ao mesmo tempo em que destaca a necessidade de acelerar a transição energética em setores como o de transportes. Ela reforça que o Brasil possui todas as condições para liderar a descarbonização e se tornar um exportador de créditos de carbono até 2050.
Em relação à exploração de petróleo na Margem Equatorial, Luciana mantém sua avaliação de que a Petrobras pode desempenhar um papel importante na transição energética, desde que adote práticas seguras e comprometidas com o meio ambiente. Ela enfatiza que a redução da demanda, impulsionada pela adoção de fontes de energia mais sustentáveis, é fundamental para diminuir a dependência do petróleo.
Luciana da Costa, que tem experiência no setor bancário privado, demonstra otimismo em relação ao futuro do Brasil na transição energética e ressalta a importância de unir esforços do setor público e privado para alcançar os objetivos de uma economia mais verde e sustentável.