Boeing acusada de fraude vai pagar US$ 2,5 bilhões por acidentes com aeronave 737 Max
Justiça afirmou que companhia não forneceu todas as informações sobre aprovação do modelo

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O Departamento de Justiça dos Estados Unidos informou ontem (7) que a Boeing foi acusada de conspirar para cometer fraude por não ter fornecido todas as informações sobre o processo de aprovação da aeronave 737 Max, modelo que envolvido em duas tragédias.
O gigante da aeronáutica concordou em pagar mais de US$ 2,5 bilhões para encerrar alguns processos, que inclui ainda uma multa criminal de US$ 234 milhões, US$ 1,7 bilhão para seus clientes e US$ 500 milhões para indenizar os parentes das vítimas dos acidentes da Lion Air em outubro de 2018 e da Ethiopian Airlines em março de 2019.
"Os funcionários da Boeing preferiram os lucros, ocultando informações importantes sobre o uso de suas aeronaves 737 MAX da FAA (autoridade de aviação dos Estados Unidos) e tentando encobrir sua fraude", denunciou um funcionário do Departamento de Justiça, David Burns, por meio de um comunicado.
O acordo entre as autoridades e a empresa "responsabiliza a Boeing pela conduta criminosa de seus funcionários, aborda o problema do impacto financeiro dos clientes das companhias aéreas da Boeing e, espera-se, proporcionará alguma forma de compensação para as famílias e entes queridos das vítimas de acidentes", acrescentou.