Empresas estão demitindo funcionários identificados na invasão do Capitólio nos EUA
As imagens da invasão estão circulando na internet

Foto: Reprodução / Veja
Empresas que identificaram funcionários entre as pessoas que invadiram nesta quarta-feira (6), o Capitólio dos Estados Unidos estão demitindo os envolvidos. As imagens e postagens da invasão estão circulando online.
A empresa Navistar, de marketing direto em Maryland, anunciou que um funcionário foi demitido após ser fotografado usando seu crachá de identificação durante a invasão do Capitólio.
"Embora apoiemos o direito de todos os funcionários ao exercício pacífico e legal da liberdade de expressão, qualquer funcionário que demonstre conduta perigosa que coloque em risco a saúde e a segurança de outras pessoas não terá mais oportunidade de emprego na Navistar Direct Marketing", disse a empresa em um comunicado fornecido para a CNN.
O advogado do Texas, Paul Davis, também não é mais emprego de sua empresa, a Goosehead Insurance, depois que postagens na mídia social apareceram para mostrá-lo falando sobre sua participação nos eventos de quarta-feira. Em um vídeo, Davis diz, "estamos todos tentando entrar no Capitólio para impedir isso (a contagem de votos)".
Em outras postagens no recurso Stories do Facebook, o advogado disse que estava "manifestando pacificamente" o tempo todo, e não estava tentando invadir ativamente o Congresso americano. "Eu disse 'tentando entrar no Capitólio', querendo expressar um protesto. Não de forma violenta", escreveu ele.
Na quinta-feira (7), uma conta do Twitter pertencente à empresa com sede em Westlake, no Texas, tuitou: "Paul Davis, Conselheiro Geral Associado, não é mais empregado de Goosehead."
Outro caso é o de Rick Saccone, um ex-representante do estado da Pensilvânia, que compartilhou imagens em sua página do Facebook fora do Capitólio. O colégio Saint Vincent, onde Saccone atuou como professor adjunto, imediatamente deu início a uma investigação, de acordo com Michael Hustava, diretor sênior de marketing e comunicação da instituição.
"Como resultado dessa investigação, o Dr. Saccone apresentou e aceitamos sua carta de demissão, com efeito imediato. Ele não será mais associado ao Saint Vincent College em qualquer capacidade", disse Hustava em um comunicado fornecido à CNN.
"Decidi me demitir para melhorar a escola", disse Saccone ao Tribune-Review, uma agência de notícias no oeste da Pensilvânia, sobre sua saída. "Estou lá há 21 anos. Não queria que toda essa confusão da mídia manchasse a escola. Decidi que seria melhor se eu simplesmente pedisse demissão."
Além deles, americanos em posições de poder também estão sendo punidos por seu apoio à violência, mesmo que não estivessem no Capitólio. O Partido Republicano do Texas removeu Walter West, seu sargento de armas, de sua posição depois que West fez comentários no Facebook apoiando o cerco ao Congresso.
“Considerando que apoiamos vigorosamente o direito da Primeira Emenda de se reunir livremente, condenamos a violência e oramos por todos os que se reúnem na capital de nossa nação e aqueles no Capitólio”, disse uma declaração no site do Partido Republicano do Texas. "O Partido Republicano do Texas sempre esteve do lado da lei e da ordem e continuará assim."
Em um comunicado, West disse que suas postagens no Facebook foram "mal interpretadas" e que ele nunca "defenderia a violência na 'Casa do Povo'". O nome e a fotografia de West não aparecem na lista de liderança republicanas do Texas.