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Bolívia determina prisão preventiva contra três militares por golpe fracassado

Justiça ordenou seis meses de prisão para cada um

Por Da Redação
Ás

Atualizado
Bolívia determina prisão preventiva contra três militares por golpe fracassado

Foto: AP Photo/Juan Karita

A justiça da Bolívia ordenou nesta sexta-feira (28) seis meses de prisão preventiva contra três militares que lideraram o golpe de Estado fracassado contra o presidente Luis Acre, entre eles o general Juan José Zúñiga, anunciou o procurador Cesar Siles.

“Esta detenção preventiva que o juiz está dispondo sem dúvida vai estabelecer um precedente”, afirmou Siles, que atua como advogado do Estado.

Os três militares ficarão detidos em uma prisão de segurança máxima enquanto avança a investigação pelo levante armado. As autoridades bolivianas já prenderam 21 pessoas, incluindo os três ex-comandantes das Forças Armadas, pelo golpe frustrado contra o presidente Luis Arce.

Há “um total de 21 pessoas presas no caso denominado golpe de Estado fracassado”, afirmou o ministro do Governo (Interior), Eduardo del Castillo, em coletiva de imprensa.

17 militares da ativa, reformados e civis haviam sido detidos, mas nas últimas horas foram registradas quatro novas prisões até quinta-feira (27). O responsável destacou, entre as novas detenções, o general Marcelo Zegarra, ex-comandante da Força Aérea. Zegarra foi preso quando compareceu perante a Promotoria com seus dois advogados.

Os outros três novos detidos, três soldados de baixa patente, foram apresentados algemados e usando coletes à prova de balas. Um deles, o sargento Alan Condori, dirigia o veículo blindado que tentou derrubar uma das portas do palácio presidencial. “Ele colocou em risco a vida do nosso presidente, do nosso vice-presidente” e pode enfrentar acusações de tentativa de homicídio, segundo o ministro do Governo.

Segundo informações oficiais, os três comandantes depostos do Exército, da Marinha e da Força Aérea estão envolvidos no cerco com tropas e tanques à sede presidencial ocorrido na quarta-feira. À frente do plano estava, segundo o governo, o general Juan José Zúñiga, ex-comandante do Exército, que foi preso no mesmo dia junto com o vice-almirante Juan Arnez, da Marinha, após a retirada das tropas rebeldes.

Durante a rebelião militar, 14 civis foram feridos com projéteis disparados por soldados ao entrarem na praça onde fica o palácio presidencial. Vários dos atacados foram operados “cirurgicamente”, segundo o presidente Luis Arce.

As autoridades continuam com investigações e operações para esclarecer a tentativa de golpe contra Arce, no poder desde o final de 2020. “Desde o início afirmamos que Juan José Zúñiga não agiu sozinho, todas essas pessoas, essas 21 pessoas, não agiram unilateralmente”, comentou o ministro Del Castillo.

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