Bolívia: Procuradoria-Geral acusa Evo Morales de terrorismo e volta a pedir prisão
Esta é a segunda vez que a instituição judicial solicita a prisão de Morales
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A Procuradoria-Geral da Bolívia solicitou novamente a prisão preventiva do ex-presidente Evo Morales, que está refugiado na Argentina. Segundo o órgão, ele foi responsável por supostas infrações terroristas.
É a segunda vez que a instituição judicial solicita a prisão de Morales. Em dezembro, solicitou a prisão por sedição e terrorismo pelos mesmos eventos. Na época, anunciou que solicitaria sua prisão à Interpol, mas o processo não avançou.
Em comunicado, o órgão afirma que a acusação formal contra Morales (2006-2019) é pelos "crimes de terrorismo e financiamento do terrorismo por supostamente ter coordenado" com um líder plantador de coca, por telefone "o bloqueio alimentar e o cerco das capitais durante os conflitos de 2019".
Sobre a acusação, EVO Morales escreveu no Twitter: "De forma ilegal e inconstitucional, a Procuradoria de La paz pretende me acusar de terrorismo com um áudio alterado e sem ser notificado".
O ex-presidente considerou a acusação "uma prova a mais da sistemática perseguição política do governo de facto", em alusão à administração de Jeanine Añez. "Logo voltará a democracia e o Estado de Direito à Bolívia", afirmou.
O Ministério Público abriu, em fevereiro, outro processo contra o ex-presidente por suposta fraude eleitoral, mas até agora não houve avanços.