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Política

Bolsonaro diz que Mauro Cid 'tem bom caráter' e que não tem medo de delação premiada

Ex-presidente concedeu entrevista em suíte do hospital, ao lado dos advogados

Por Da Redação
Ás

Bolsonaro diz que Mauro Cid 'tem bom caráter' e que não tem medo de delação premiada

Foto: Alan dos Santos/Presidência

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, em entrevista à colunista Mônica Bergamo, que o ex-ajudante de ordens da presidência, Mauro Cid, é um “homem decente, que tem bom cárater” e que “não vai inventar nada” na delação premiada, cujo acordo foi homologado no último sábado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

O ex-presidente concedeu entrevista na suíte do hospital Vila Nova Star, em São Paulo, onde se prepara para submeter-se a uma cirurgia para corrigir hérnia de hiato e desvio de septo. Na sala estavam os advogados Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação de seu governo, e Paulo Cunha Bueno, além de um assessor pessoal.

“O Cid é uma pessoa decente. É bom caráter. Ele não vai inventar nada, até porque o que ele falar, vai ter que comprovar. Há uma intenção de nos ligar ao 8 de janeiro de qualquer forma. E o Cid não tem o que falar no tocante a isso porque não existe ligação nossa com o 8 de janeiro. Eu me retraí [depois da derrota para Lula], fiquei no Palácio da Alvorada dois meses, fui poucas vezes na Presidência. Recebi poucas pessoas”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro afirmou ainda não ter medo que Cid o comprometa na delação e disse ter recebido a notícia sobre a delação “com tranquilidade”. Segundo ele, o ex-ajudante de ordens “não participava de nada” e “nunca estava presente nas conversas” com líderes internacionais, por exemplo. Segundo o ex-presidente, Cid esta responsável apenas em agendar os horários dos encontros com chefes de Estado, ministros, comandantes das Forças, entre outras autoridades.

“Ele foi pessoa de minha confiança ao longo dos quatro anos [de governo]. Fez um bom trabalho. E tinha aquela vontade de resolver as coisas. O telefone dele, por exemplo, eu chamava de muro das lamentações. Não só militares, mas civis que queriam chegar a mim, vinham através dele”, afirmou.

Perguntado se tinha medo de ser preso, Bolsonaro diz que “não vislumbra” esse futuro para ele. “Eu não estou obstruindo as investigações, não estou conversando com quem [outros investigados] tem medidas cautelares, não estou buscando combinar nada com ninguém”, declarou o ex-presidente.

Delação premiada

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, homologou, no último sábado (9), a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid. Na ocasião, o magistrado também concedeu liberdade provisória ao militar, que estava preso desde maio.

A delação, também chamada de colaboração premiada, é um acordo judicial que possibilita que presos colaborem em uma investigação em troca de benefícios.

A delação refere-se  ao inquérito das milícias digitais e também à todas as investigações conexas, como a investigação sobre a venda de presentes oficiais recebidos pelo governo Bolsonaro e manipulações em dados de vacinação contra a Covid-19.
 

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