Bolsonaro fala sobre ameaças que recebe: "preocupação é com quem não fala o que vai fazer"

O presidente Jair Bolsonaro (PL), em transmissão ao vivo ao lado do General Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, afirmou nesta quinta-feira (5) que a maior preocupação do órgão é com ameaças não proferidas publicamente. 

Questionado sobre o recebimento de ameaças de mortes, o presidente afirmou que, o que dá preocupação ao GSI, "é de quem não fala o que vai fazer", já que, segundo ele, "quem quer dar uma facada, não fala, faz". O exemplo se refere ao ataque vivido por Bolsonaro durante a pré-campanha ao governo federal, em 2018. 

Segundo o General Heleno, atualmente, as ameaças acontecem em maior quantidade e os riscos também aumentaram, já que "a vida do presidente valia muito e hoje vale mais". Como medida em casos assim, o GSI busca "procurar o autor da ameaça e mostrar que isso é crime". 

Durante o processo eleitoral, o general afirmou que o órgão deve "aumentar nossa vigilância nas nossas viagem, em que o presidente se expõe". "Conversamos com ele para se expor menos, mas ele gosta do povo, não é para ganhar votos", disse.

"Ameaças são bravatas. Não são bem vindas, não leva lugar nenhum", afirmou o presidente, por sua vez.

Além disso, Bolsonaro também afirmou que é "perseguido" e citou as pessoas que apontam os gastos no cartão corporativo dele. "Gasta mesmo, a média de pessoas que vão comigo nas viagens são mais de 100. Tenho três cartões corporativos e um é para despesa pessoal, nunca saquei um centavo", disse.

"Eu mesmo ficando em casa tenho despesas, com pessoal da Alvorada", afirmou, completando que não pode mais "tomar um caldo de cana e comer um pastel em paz".