Bolsonaro pede arquivamento de ação movida no TSE sobre discurso de ódio

O presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu nesta quarta-feira (20) o arquivamento de uma ação movida no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra ele por supostamente "incitar a violência" e proferir "discursos de ódio".

A ação foi movida por partidos de oposição. Ainda na última sexta-feira (16), o ministro do Superior Tribunal Eleitoral (STF), Alexandre de Moraes, havia dado um prazo de 48h para que o presidente se manifestasse sobre a ação.

Na ação encaminhada ao TSE, os partidos Rede, PC do B, PSB, PV, PSOL e Solidariedade apontam que declarações do presidente serviriam como estímulos psicológicos para desumanizar o opositor, citando o caso da morte do guarda municipal Marcelo Arruda, morto enquanto comemorava sua festa de aniversário com o tema do Partido dos Trabalhadores, por um apoiador de Bolsonaro.

A defesa de Bolsonaro aponta que "é de todo leviano e irresponsável acusar o Presidente da República de ter, com seus discursos, gerado os atos de violência apontados, em especial o homicídio de Marcelo Aloizio de Arruda em Foz do Iguaçu/PR, recentemente ocorrido".

Já os partidos apontam que “essa prática reiterada durante seus atos de pré-campanha, agendas institucionais, e aparições nas redes sociais vão reforçando no imaginário comum de seus apoiadores a prática da violência, não só "no sentido figurado", mas efetivamente praticada”.

"Basta ver a fala, elencada na própria petição inicial, no sentido de que “Você sabe como você deve se preparar, não para o novo Capitólio, ninguém quer invadir nada”, deixando claro que o Presidente da República não deseja um movimento violento tal como se diz ter ocorrido nos Estados Unidos da América", afirma a defesa do presidente em manifestação.