Bolsonaro rejeita interferência no preço de combustíveis e sugere estabilidade
"Estamos chegando a 50 dias sem reajuste (...) eu acho que vai continuar esse preço", afirmou o presidente
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Durante evento do mercado financeiro, nesta quarta-feira (23), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que não irá interferir no preço dos combustíveis, mas que acredita valor atual vai continuar, sem um novo reajuste.
"Estamos chegando a 50 dias sem reajuste do combustível. Eu não tenho como interferir, não vou interferir, mas eu acho que vai continuar esse preço, apesar de um pouco alto. Apesar de termos que discutir a composição do preço do combustível", afirmou.
Na ocasião, Bolsonaro também atribuiu à "política errada do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços)" a queda no preço do álcool e da gasolina não terem refletido no valor das bombas.
"O álcool caiu na ordem de R$ 1,30 nos últimos e na bomba não baixou um centavo. A mesma coisa a gasolina. Não baixou por causa dessa política errada do ICMS", afirmou.
Os estados congelaram desde novembro de 2021 o ICMS, que incide sobre os combustíveis. No entanto, as gestões estaduais afirmam que estão abrindo mão de receitas, mas não há retorno para o consumidor.
Um levantamento do Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz) apontou que o congelamento reduziu a arrecadação dos estados em R$ 3,4 bilhões, até 15 de fevereiro deste ano.