Bolsonaro responde ao TSE que defende o aprimoramento do sistema eleitoral
Em documento, presidente afirma que apenas busca contribuir com a Justiça Eleitoral
Foto: Marcos Corrêa/PR
Em documento enviado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que não tem feito ataques à segurança das urnas eletrônicas, mas sim defendido que o sistema seja "aprimorado".
O documento é uma resposta ao corregedor-geral da Justiça Eleitoral, o ministro Luis Felipe Salomão, que havia dado o prazo de 15 dias para que ele apresentasse provas sobre supostas fraudes nas urnas.
"Reitera-se, não se está a atacar propriamente a segurança das urnas eletrônicas, mas, sim, a necessidade de se viabilizar uma efetiva auditagem", diz no documento.
"Na realidade, é em nome da maior fiabilidade do sufrágio que há muito se tem defendido a necessidade de robustecer ainda mais o sistema eletrônico de votação com alguma medida física de auditagem imediata pelo eleitor, tão logo esse deposite o seu voto na urna e, se for o caso, mais tarde pela própria Justiça Eleitoral".
Recentemente, Bolsonaro tem afirmado que as eleições presidenciais de 2018 foram fraudadas e, por isso, pede a implementação do voto impresso e auditável por considerar um sistema mais seguro. Ainda no documento, o presidente faz referência a uma resolução do próprio TSE, de março de 2018, que previa implantar o registro impresso do voto em 23 mil urnas (5% do total) para as eleições daquele ano. Estes equipamentos, segundo a normativa, estariam acompanhados de uma impressora e de uma urna plástica para armazenar os votos em papel.
Aquela resolução, no entanto, foi derrubada pelo STF em junho do mesmo ano, quando o tribunal declarou a inconstitucionalidade do voto impresso, que havia sido aprovado pelo Congresso em uma mini reforma do sistema eleitoral em 2015.
Contribuição
Na resposta, Bolsonaro diz ainda que envia seu posicionamento "para contribuir com essa nobre Justiça Eleitoral" e diz que o faz "premido pelo inarredável espírito público, republicano e democrático".