• Home/
  • Notícias/
  • Mundo/
  • Bombardeio de Israel mata 10 familiares de líder do Hamas, diz autoridade de Gaza
Mundo

Bombardeio de Israel mata 10 familiares de líder do Hamas, diz autoridade de Gaza

O ataque atingiu a casa da família de Haniyeh em Shati, um dos oito acampamentos de refugiados do território palestino

Ás

Bombardeio de Israel mata 10 familiares de líder do Hamas, diz autoridade de Gaza

Foto: Pexels | Pixabay

A Defesa Civil da Faixa de Gaza, território palestino controlado pelo Hamas, afirmou que um bombardeio de Israel em um campo de refugiados na Cidade de Gaza matou dez membros da família do líder da ala política do grupo terrorista, Ismail Haniyeh, nesta terça-feira (25).

"Vários mártires continuam sob os escombros", afirmou Mahmud Basal, porta-voz do órgão, antes de informar que entre as vítimas fatais está Zahr Haniyeh, irmã de Haniyeh. "Temos dificuldades [para fazer as buscas] devido à falta de equipamentos e combustível."

O ataque atingiu a casa da família de Haniyeh em Shati, um dos oito acampamentos de refugiados do território palestino.

Essa não seria a primeira vez que familiares do líder, que mora no Qatar e é a autoridade do grupo mais conhecida no exterior, teriam sido mortos no conflito. Em abril, as forças militares de Israel assumiram ter matado três filhos e quatro netos de Haniyeh, 62.

As mortes de abril aconteceram enquanto os palestinos se deslocavam de carro no campo de refugiados Shati, no norte do território. Segundo o Hamas, eles visitavam parentes no primeiro dia do feriado muçulmano Eid al-Fitr, que marca o fim do Ramadã.

Na ocasião, Haniyeh acusou Israel de agir com "espírito de vingança e assassinato" e afirmou que quase 60 membros de sua família haviam morrido desde o início da guerra, em outubro do ano passado segundo pessoas próximas do Hamas, o líder tem 13 filhos. Em novembro, outra ofensiva de Israel já havia destruído a casa de sua família.

As mortes acontecem no momento em que as negociações por uma trégua, nas quais Haniyeh participa, estão estagnadas o Hamas insiste que qualquer acordo para um cessar-fogo deve incluir o fim dos combates e a retirada completa das tropas israelenses de Gaza, algo que o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu rejeita ao afirmar que o objetivo do conflito é aniquilar o grupo terrorista.

Os familiares de Haniyeh não foram os únicos mortos em operações israelenses entre segunda (24) e terça.

Durante a noite, tanques israelenses também avançaram para áreas ocidentais de Rafah, cidade no no sul do território, e explodiram casas, segundo moradores. Além disso, dois dos ataques aéreos israelenses atingiram duas escolas na Cidade de Gaza, matando pelo menos 14 pessoas, disseram socorristas do território. De acordo com autoridades de saúde de Gaza, 24 pessoas foram mortas ao todo.

Em um comunicado, as Forças Armadas de Israel disseram ter atingido estruturas usadas pelo Hamas em Shati e na Cidade de Gaza. "Os terroristas operavam dentro de escolas que eram usadas pelo Hamas como escudo para suas atividades", afirmaram. A facção nega usar instalações civis para fins militares.

O grupo descreveu os ataques às duas escolas e à casa em Shati como "massacres". "Responsabilizamos a administração do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pela contínua guerra de genocídio contra nosso povo palestino na Faixa de Gaza, continuando a oferecer ao governo sionista e seu Exército criminoso cobertura política e militar", disse o Hamas em um comunicado.

Mais de 37 mil pessoas foram mortas na Faixa de Gaza desde o início do conflito, de acordo com autoridades de saúde de Gaza, e o número de feridos passa de 86 mil, segundo a mesma fonte.

Nesta terça, o chefe da UNRWA, agência da ONU para refugiados palestinos, Philippe Lazzarini, afirmou que, em média, dez crianças perdem uma ou ambas as pernas todos os dias no território. Segundo ele, a cifra não inclui outras amputações.

A Faixa de Gaza sofre com falta de remédios e alimentação devido ao bloqueio imposto por Tel Aviv no início da guerra, que diminuiu drasticamente a chegada de ajuda humanitária. A presença de médicos no território também está comprometida, já que 498 profissionais de saúde foram mortos durante o conflito, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.
 

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:[email protected]

Faça seu comentário