Boulos e Eduardo Bolsonaro voltam a discutir pelas redes sociais
Filho do presidente havia criticado possível participação do MST em eventual novo governo de Lula
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) e pré-candidato ao governo de São Paulo, Guilherme Boulos (Psol), alfinetou o deputado federal Eduardo Bolsonaro (União Brasil-SP) nesta segunda-feira (14), após uma crítica sobre uma possível participação do movimento em um eventual governo do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT).
Por meio das redes sociais, Boulos se referiu ao filho do presidente como “Bananinha”. Além disso, ele afirmou que Eduardo não tem “moral” para chamar o MTST de “criminoso”, já que apoia “rachadinha, milícia e orçamento secreto”.
O @BolsonaroSP apoia rachadinha, milícia e orçamento secreto, mas acha que tem moral pra chamar alguém de "criminoso". Piada pronta. Toma vergonha, Bananinha! pic.twitter.com/WUM6IEbKsD
— Guilherme Boulos (@GuilhermeBoulos) March 14, 2022
Na última semana, Boulos já havia se referido à Eduardo como “moleque” e “bananinha” pelo mesmo assunto, mandando o parlamentar “lavar a boca para falar do MTST”. Na ocasião, o deputado havia afirmado que Lula estaria negociando “propriedade que não é dele” para garantir apoio do Psol.
“Você não é aquele moleque que queria ganhar uma embaixada de presente do papai, Eduardo Bolsonaro? Lava a boca pra falar do MTST, Bananinha!”, afirmou Boulos.
Outros dois filhos do presidente Jair Bolsonaro (PL), o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e o senador Flávio Bolsonaro (PL) também criticaram o eventual “protagonismo” do MTST em um governo Lula. “Aproximação inédita seria a carteira de trabalho e o líder do MTST!”, afirmou Carlos, de forma irônica.
“Pessoal do campo: o ladrão de nove dedos vai tirar sua arma, sua casa e sua liberdade! Você que trabalha e produz não vai ter direitos, sabe quem vai ter direitos? O vagabundo que invadiu sua terra.”, afirmou Flávio por sua vez.
Na última quarta-feira (09), Lula teria afirmado que o MTST poderia ter um papel de destaque em um eventual governo dele.
“Se a gente voltar a governar esse país, não pensem que vai ter moleza, não”, afirmou. “Nós vamos nos encontrar muitas vezes para discutir a qualidade da casa, para discutir como gerenciar essas casas. E vocês vão assumir a responsabilidade, como já assumiram em tantos lugares que vocês fizeram conjuntos habitacionais de muita qualidade”, completou.