Bovespa desaba 10% e interrompe negócios
No ano, o tombo já é de 15,28%
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O principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3, desabou 10% logo na abertura desta segunda-feira (9), atingindo mínimas em mais de 1 ano, o que provocou a interrupção das negociações, em dia de pânico nos mercados globais após o tombo nos preços do petróleo adicionar mais um componente de turbulência no temor de uma recessão global.
Às 10h32, o Ibovespa caía 10,02%, a 88.178 pontos, quando os negócios foram interrompidos. Trata-se do menor patamar intradia desde 2 de janeiro de 2019, quando o índice chegou a 87.535 pontos. Veja mais cotações.
Entre os maiores tombos, as ações da Petrobras desabaram 24% e Via Varejo, 22%.
Pela regra da B3, quando a queda passa de 10% é acionado automaticamente o circuit breaker, mecanismo que interrompe as negociações de papeis por 30 minutos. A última vez que o mecanismo tinha sido acionado na bolsa brasileira foi no dia 18 de maio de 2017, em meio às denúncias do dono da JBS contra o presidente Michel Temer.
Caso após a reabertura das negociações o Ibovespa continue em queda e o tombo chegue a 15%, as operações serão novamente paralisadas, dessa vez por 1 hora.
Já o dólar opera em alta, chegando a bater pela 1ª vez R$ 4,79.
Na sexta-fera, o Ibovespa fechou em queda de 4,14%, a 97.966 pontos – menor patamar de fechamento desde 27 de agosto, acumulando queda de 15,28% no ano.
Os preços do petróleo, que já estavam em trajetória de queda em meio ao avanço da epidemia do novo coronavírus, desabaram nesta segunda-feira (9) mais 30%, para perto de US$ 30, na maior queda diária desde a Guerra do Golfo (1990 e 1991), atingindo mínimas que não eram registradas desde fevereiro de 2016.
Na Europa, as principais bolsas operam em queda em torno de 7%, acumulando perda em torno de 20% no mês de março.