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Brasil ainda tem 14 chances reais de pódio em Paris-2024; precisa de 8 para alcançar Tóquio-2020

Considerando o retrospecto internacional, são seis as principais possibilidades de ouro para os brasileiros

Por FolhaPress
Ás

Brasil ainda tem 14 chances reais de pódio em Paris-2024; precisa de 8 para alcançar Tóquio-2020

Foto: Rafael Ribeiro/CBF

A delegação brasileira deixou as Olimpíadas de Tóquio-2020 com a melhor campanha de sua história, com 7 ouros, 6 pratas e 8 bronzes, totalizando 21 medalhas. Em Paris-2024, até esta terça-feira (6), o país soma 2 ouros, 5 pratas e 6 bronzes, com 13 no total. A diferença parece grande, mas projeção feita pela reportagem mostra que o Brasil ainda tem chance de superar a marca de ouros e também o total. Mas tudo teria que dar muito certo.

Considerando o retrospecto internacional, são seis as principais possibilidades de ouro para os brasileiros:

- Ana Marcela Cunha na maratona aquática de 10 km;
- Isaquias Queiroz na prova C1 1.000 m da canoagem velocidade;
- Alison dos Santos, o Piu, nos 400 m com barreiras; 
- Ana Patrícia/Duda no vôlei de praia; 
- A seleção feminina de vôlei; 
- A seleção feminina de futebol, que já garantiu a prata com a goleada de 4 a 2 sobre a Espanha.

Se todos subirem no lugar mais alto do pódio, o país totalizará oito ouros, superando Tóquio. Entretanto, é importante esclarecer que nenhum deles é favorito absoluto.

No caso de Ana Marcela Cunha, ela é a atual campeã olímpica da prova, mas passou por uma cirurgia no ombro em 2022 e, após a recuperação, mostrou este ano que ainda está entre as melhores do mundo. Foi quarta no Mundial de Doha, no Qatar, em fevereiro, e quinta na etapa do Egito da Copa do Mundo, no mês seguinte. Nos dois casos, muito próxima das rivais. Como a prova será nas águas do rio Sena, uma novidade na modalidade, ela se mantém como uma das favoritas.

Isaquias Queiroz também vai tentar defender seu título na prova de 1.000 m da canoa individual, sua principal. Ele ainda tem outras três medalhas olímpicas (2 pratas e 1 bronze) e tentará subir no pódio também no C2 500 m, ao lado de Jacky Godmann, nesta quarta (7), para se igualar à ginasta Rebeca Andrade como maior medalhista olímpico do País.

O próximo na lista, Alison dos Santos, o Piu, tem tudo para ocupar um lugar no pódio, que já dividiu em Tóquio com o norueguês Karsten Warholm, atual recordista mundial da prova, e o americano Rai Benjamin. Os três são os únicos a correr os 400 m com barreiras abaixo dos 47s, e o brasileiro possui o segundo melhor tempo do ano (46s63), atrás apenas do americano (46s46). Warholm tem 46s70. A diferença é tão pequena que qualquer um pode vencer.

Ana Patrícia/Duda e a seleção feminina de vôlei são líderes dos respectivos rankings mundiais e estão jogando muito em Paris. A dupla também foi campeã mundial em 2022 e 2023.

A última a aparecer nessa lista é a seleção feminina de futebol. Após a apresentação convincente sobre as atuais campeãs mundiais na semifinal desta terça, a equipe entra com tudo para fazer a revanche contra os Estados Unidos. Nos Jogos de Atenas-2004 e Pequim-2008, as brasileiras perderam a final justamente para as americanas. Na atual edição dos Jogos, o time norte-americano ainda não teve uma grande apresentação e precisou da prorrogação para passar por Japão (1 a 0) e Alemanha (1 a 0) nas quartas e semifinais, respectivamente.

Em outras oito provas os brasileiros podem conquistar um lugar no pódio. A começar pelo revezamento de maratona de marcha atlética, às 2h30 (de Brasília) desta quarta (7). Após a prata de Caio Bonfim na prova individual de 20 km, a própria World Athletics coloca o país como um dos candidatos a medalha.

Nesta quarta também é o dia do skate park masculino, no qual Pedro Barros foi prata em Tóquio. Ele está de novo na disputa, ao lado de Augusto Akio e Luigi Cini.

Na vela, Bruno Lobo está entre os primeiros da classe Fórmula Kite e tem grande chance de estar na disputa de medalhas, assim como Almir dos Santos, no salto triplo do atletismo. Almir foi prata no Mundial indoor em 2018 e possui a oitava melhor marca da temporada, mas pode surpreender.

Outros três nomes correm por fora como azarões. Guilherme Costa, o Cachorrão, depois de sua participação nas piscinas, entra na maratona aquática de 10 km. Segundo o ex-nadador Ricardo Prado, medalhista de prata nas Olimpíadas de Los Angeles-1984, Cachorrão pode beliscar um pódio por se dar bem no tipo de água do rio Sena.

E no taekwondo, Edival Pontes, o Netinho, e Henrique Marques possuem bons resultados em torneios internacionais e devem ser observados.
Candidatos à medalha de ouro - 6
Ana Marcela Cunha - maratona aquática de 10 km - 8/8 - 2h30 
Isaquias Queiroz (canoagem - C1 1000 m) - Final 9/8 - 8h40 
Alison dos Santos - 400 m com barreiras - Final 9/8 - 16h45 
Ana Patrícia/Duda (vôlei de praia) - Final 9/8 - 17h30 
Futebol feminino - Final 10/8 - 12h 
Vôlei feminino - Final 11/8 - 8h  
Chances de pódio - 8
Revezamento de maratona de marcha atlética - 7/8 - 2h30 
Skate park masculino - Pedro Barros - Final 7/8 - 12h30 
Isaquias Queiroz e Jacky Godmann na C2 500 m (canoagem) - Final 8/8 - 8h20 
Bruno Lobo - Classe Fórmula Kite na vela - Finais 8/8 - 10h40 
Edival Pontes, o Netinho - 68 kg do taekwondo - Final 8/8 - 16h19 
Guilherme Costa na maratona aquática de 10 km - 9/8 - 2h30 
Almir dos Santos - salto triplo - Final 9/8 - 15h13 
Henrique Marques - 80 kg do taekwondo - Final 9/8 - 16h37

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