Brasil assume custódia da diplomacia argentina na Venezuela após Maduro expulsar representantes; Milei agradece
Bandeira do Brasil foi hasteada na residência do embaixador argentino nesta quinta
Foto: Reprodução/X @DianaMondino
O Ministério das Relações Exteriores assumiu nesta quarta-feira (31) a custódia das instalações da embaixada argentina na Venezuela, após os diplomatas serem obrigados a deixar o país pelo governo presidido por Nicolás Maduro.
Na segunda-feira (29) a chanceler argentina, Diana Mondino, pediu ao ministro brasileiro Mauro Vieira que a medida fosse tomada. Por volta das 9h desta quinta (1º) uma bandeira do Brasil foi hasteada na residência do embaixador da Argentina na Venezuela, indicando que a diplomacia brasileira havia assumido o comando das operações.
Além da Argentina, Nicolás Maduro também expulsou o corpo de diplomático de seis outros países latinos que contestaram o resultado proclamado das eleições na Venezuela: Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai. O Peru também deve contar com a ajuda do Brasil para representar seus interesses mais imediatos.
O presidente da Argentina, Javier Milei, publicou uma mensagem na rede social X e agradeceu “enormemente” ao Brasil. O político destacou os "laços de amizade" entre os dois países, e expressou convicção de que "em breve" reabrirá sua embaixada "em uma Venezuela livre e democrática".
“Aprecio muito a disposição do Brasil em assumir a custódia da Embaixada da Argentina na Venezuela. Agradecemos também a representação momentânea dos interesses da República Argentina e dos seus cidadãos”, escreveu.
Reprodução/X @JavierMilei
Na prática, ao defender os interesses diplomáticos de outro país, o Brasil vai resguardar a inviolabilidade das instalações e dos arquivos argentinos na Venezuela. Isso significa que funcionários da diplomacia brasileira poderão atuar nas instalações argentinas.
A ajuda do Brasil também se dará na missão de encontrar um destino para seis asilados venezuelanos que estão refugiados na Embaixada Argentina em Caracas.
Os asilados são opositores ao governo de Nicolás Maduro. E devem, com a ajuda do Brasil, ser transferidos para embaixadas de outros países, como as de membro da União Europeia.
