Brasil assume G20 com foco no combate à fome, pobreza e desigualdade
Lula afirmou que dinheiro não pode ficar concentrado na mão de poucas pessoas
Foto: Ricardo Stuckert / PR
O Brasil assumiu nesta sexta-feira (1º), pela primeira vez, a presidência do G20, grupo que reúne as 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia e a União Africana. Em discurso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o compromisso do grupo é pôr no centro da agenda internacional o combate à fome, à extrema pobreza e à desigualdade. O mandato tem duração de um ano, encerrando-se em 30 de novembro de 2024.
"Os olhos do mundo estarão voltados para nós. Para o Brasil, assumir a presidência do G20 é mais do que uma honra, é um compromisso. Compromisso de colocar o combate à fome, à extrema pobreza e à desigualdade no centro da agenda internacional. Não é possível que tanto dinheiro continue na mão de tão poucas pessoas, e tantas pessoas não terem o dinheiro para comer o mínimo necessário para sua sobrevivência", disse Lula.
"O compromisso de convencer os países ricos de que não existem dois planetas Terra, que é urgente enfrentar com determinação a crise climática. Esse enfrentamento não terá sucesso sem a compensação financeira desses países, que ao longo da história devastaram o meio ambiente em nome do progresso a qualquer custo. O planeta precisa, com urgência, de uma transição energética, e o Brasil reúne todas as condições para produzir a energia verde de que o mundo precisa", acrescentou.
À frente do G20, o Brasil terá desafios de ordem política e logística. Entre dezembro de 2023 e novembro de 2024, o país deverá organizar mais de 100 reuniões oficiais em várias cidades, que incluem cerca de 20 reuniões ministeriais, 50 reuniões de alto nível e eventos paralelos. O ponto alto será a 19ª Cúpula de chefes de Estado e governo do G20, nos dias 18 e 19 de novembro de 2024, no Rio de Janeiro.