Número de consumidores inadimplentes cai no primeiro mês de 2025

De acordo com a CNC, os consumidores brasileiros estão tendo mais cautela ao fazer dividas

Por Da Redação
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Número de consumidores inadimplentes cai no primeiro mês de 2025

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revelou que a proporção de famílias brasileiras inadimplentes caiu de 76,7% para 76,1% de dezembro de 2024 para janeiro deste ano. Além disso, houve uma queda de 2 pontos percentuais em comparação a janeiro do ano passado.

“Por outro lado, o estudo mostra o crescimento da percepção de endividamento, com 15,9% da população considerando estar ‘muito endividada’, contra 15,4% no fechamento do ano passado. O sentimento é compatível com o comprometimento da renda: em janeiro, 20,8% dos brasileiros destinaram mais da metade dos rendimentos às dívidas, o maior porcentual desde maio de 2024. Em média, as famílias deslocaram 30% dos ganhos para esta finalidade”, informou a CNC, em nota.

De acordo com a CNC, os consumidores estão tendo mais prudência ao contratar dívidas em meio ao cenário de juros altos e seletividade do crédito.

“A leve melhora da inadimplência indica que houve um esforço nas casas brasileiras para equilibrar suas finanças, mas o comprometimento crescente da renda acende um sinal de alerta para a economia em 2025”, disse o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros.

A pesquisa também levantou a proporção de consumidores que afirmaram não conseguir pagar suas dívidas vencidas. Em dezembro, a proporção era de 13%, uma queda de 0,3% em comparação a janeiro.

Segundo a pesquisa, de dezembro para janeiro, menos famílias de baixa renda continuaram endividadas. A porcentagem de famílias com renda mensal de até três salários mínimos endividadas caiu de 80,5% para 79,5%.

Mesmo com a melhora, a CNC prevê que a proporção de brasileiros inadimplentes volte a crescer em 2025. “A necessidade de recorrer ao crédito para consumo, somada à manutenção de juros elevados, deve tornar a gestão financeira um desafio ainda maior para os consumidores brasileiros”, concluiu.

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