Dólar segue em diminuição e encerra a R$ 5,76, menor patamar desde novembro de 2024
Moeda americana apontou recessão de 0,52% frente ao real, com curso global de investimentos, declínio do emprego nos EUA e entrevista de Lula
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
O dólar voltou a encerrar em declínio nesta quinta-feira (6). A moeda americana apontou retrocesso de 0,52% frente ao real, cotada a R$ 5,76. Na véspera, ela aumentou 0,40%, e com isso interrompeu um seguimento de 12 baixas consecutivas, a maior em 20 anos.
Pesou na nova diminuição, de acordo com analistas, o fluxo de investimentos globais com maior destaque para com países emergentes. Os investidores, creem que os técnicos, podem estar desagregando posições em dólar, cada queda da tensão gerada pelo presidente americano, Donald Trump, sobre a sobretaxa de produtos importados.
As solicitações semanais de auxílio-desemprego nos Estados Unidos subiram em 11 mil na última semana, chegando a 219 mil solicitações, de acordo com dados publicados nesta quinta-feira (6). Esta é mais uma informação que aponta um desaquecimento na economia americana.
Assim, fortificasse-se no mercado o aguardo de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) irá permanecer com os juros no mesmo estágios, entre 4,25% e 4,50%, ou possa começar um novo seguimento de diminuição da taxa.
Lula e isenção do IR
No Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) concedeu entrevistas a rádios na Bahia, nas quais afirmou que crê que o Congresso irá aprovar o plano que eleva a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para quem recebe até R$ 5 mil. Lula, contudo, declarou que o Ministério da Fazenda e a Receita Federal organizaram uma providência para neutralizar essa renúncia fiscal.