Brasil chega a 575 mil médicos ativos e atinge maior proporção com população da história
Com o indicador de 2,81 médicos a cada mil habitantes, o Brasil supera os EUA, Japão, Coréia do Sul e México
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Atualmente, o Brasil possui 575.930 médicos ativos, uma proporção de 2,81 por mil habitantes. Os dados foram divulgados pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), e, ainda segundo a entidade, representam o maior número de profissionais no mercado já registrado no país.
Os números, que integram a pesquisa batizada de "Demografia Médica", mostram ainda que a quantidade de médicos mais que quadruplicou desde o início da década de 1990, quando o total era de 131.278.
O crescimento foi impulsionado, principalmente, pela expansão do ensino médico e também devido à crescente demanda por serviços de saúde. Com o indicador de 2,81 médicos a cada mil habitantes, o Brasil supera os EUA, Japão, Coréia do Sul e México.
Do total atual de profissionais ativos, 263 mil (46%) são médicos generalistas e outros 312 mil (54%) são especialistas. Entre os médicos homens, a idade média é de 47,4 anos; para as médicas, a média é de 42 anos.
Desigualdade
Apesar dos bons números, o estudo evidencia um cenário de desigualdade na distribuição de profissionais médicos pelo Brasil. Atualmente, a região Sudeste, com 321.905 médicos, é a que possui a maior proporção entre médicos e população, registrando o índice de 3,76 médicos por mil habitantes.
A região Nordeste, com 121.786 médicos, já tem uma proporção bem menor, com 2,22 médicos por mil habitantes. A região Norte é a que tem o menor índice, com 30.549 médicos e taxa de 1,73 médicos por mil habitantes.
Para o presidente do CFM, José Hiran Gallo, "há forte desigualdade na distribuição dos médicos pelo território. A maioria dos profissionais têm optado por se instalar nos estados do Sul e do Sudeste e nas capitais devido às condições de trabalho. Aqueles que moram no Norte, no Nordeste e nos municípios mais pobres do interior se ressentem da falta de investimentos em saúde, dos vínculos precários de emprego e da ausência de perspectivas”.