Economia

Brasil completará 10 anos com taxa de desemprego acima de dois dígitos

Desde 2016, número está acima dos 10%, aponta mercado financeiro

Por Da Redação
Ás

Brasil completará 10 anos com taxa de desemprego acima de dois dígitos

Foto: Getty Images

Especialistas do mercado financeiro estimam que a taxa de desemprego no Brasil, atualmente em 11,6%, seguirá na casa dos dois dígitos pelo menos até 2025. Caso esse pensamento se confirme, o país vai completar dez anos consecutivos de desemprego de dois dígitos. Desde 2016, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta a taxa de desemprego acima dos 10% no Brasil. 

Em um levantamento, economistas afirmaram que um período tão prolongado de desemprego acima de 10% é desastroso do ponto de vista social e econômico. Segundo eles, por trás do desemprego está a incapacidade do país de obter crescimentos sustentáveis do Produto Interno Bruto (PIB).

Segundo os especialistas, o desemprego elevado é um reflexo da crise econômica dos últimos anos."Historicamente, é preciso crescer mais de 2% para o desemprego cair. Pelo menos, essa é a nossa experiência até antes da pandemia", afirma o economista Alexandre Schwartsman, ex-diretor de Relações Internacionais do Banco Central e sócio da consultoria Schwartsman & Associados. "Então, muito provavelmente teremos que conviver com o desemprego na casa dos dois dígitos pelo menos nos próximos dois anos", completou. 

Os dados do IBGE e as projeções do mercado,  compiladas pelo Banco Central, revelam as dificuldades de crescimento da economia em meio às sucessivas crises. Para os economistas, o prolongamento da crise econômica nos últimos anos acabou por pressionar o mercado de trabalho. 

O desemprego passou a acelerar em 2014, com a crise do governo de Dilma Rousseff. Mais recentemente, surgiu a pandemia do novo coronavírus. Mauro Schneider, da MCM Consultores, afirma que para este ano "a expectativa é de uma economia virtualmente estagnada''. “Estamos falando de uma sequência de anos muito difíceis, com problemas de demanda nas empresas e ceticismo em relação à capacidade de o Brasil resolver seus problemas estruturais", afirma o economista. 


 

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