Brasil condena ataque de Israel contra escola da ONU na Faixa de Gaza
Governo do Brasil expressou absoluto repúdio ao bombardeio que deixou dezenas de mortos e feridos
Foto: Reprodução/X
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil condenou o ataque israelense contra a escola da Agência das Nações Unidas para Refugiados Palestinos (UNRWA) que matou cerca de 40 pessoas e feriu outras dezenas.
O pronunciamento do governo brasileiro aconteceu nesta quinta-feira (6), horas após o bombardeio. “Não há justificativa para ataques militares contra instalações da ONU. Da mesma forma, áreas densamente povoadas devem ser poupadas”, disse a nota.
Além disso, o Brasil demonstrou “absoluto repúdio ao emprego indiscriminado da força militar contra a população civil”, pediu que ambos os lados envolvidos no conflito respeitem os direitos humanos, e que Israel e Hamas voltem às mesas de negociação por um cessar-fogo.
Em declaração separada, o Brasil pediu a libertação de reféns que ainda estão nas mãos do Hamas e a construção de uma solução de dois estados para a questão da Palestina. O documento foi assinado por Estados Unidos, Argentina, Áustria, Bulgária, Canadá, Colômbia, Dinamarca, França, Alemanha, Polônia, Portugal, Romênia, Sérvia, Espanha, Tailândia e Reino Unido.
De acordo com a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA) a instituição bombardeada abrigava palestinos deslocados por conta da guerra. A ONU informou que a escola oferece aulas a crianças do campo de refugiados, que originalmente abriga palestinos que vivam em territórios transformados no Estado de Israel em 1948.
Desde o início da ofensiva israelense em Gaza, em outubro de 2023, foram registrados mais de 430 ataques às instalações da UNRWA na Faixa de Gaza.