Estudo reduz riscos do tratamento contra leishmaniose cutânea
Pesquisa da Fiocruz contou com apoio de várias instituições, como a Universidade de São Paulo e a Universidade de Brasília
Foto: Reprodução/Internet
Um estudo desenvolvido na Fundação Oswaldo Cruz abriu uma nova perspectiva de tratamento e cura para pacientes com leishmaniose cutânea, com altos níveis de evidências científicas. A doença, transmitida pela picada de um inseto que se alimenta de sangue, tem tratamentos antigos e que podem ser tóxicos para o coração, fígado e pâncreas.
Coordenado no Rio de Janeiro por Lyra, o estudo propõe uma mudança no tratamento para leishmaniose cutânea, substituindo o tratamento convencional por intralesional, ou seja, com aplicação do remédio na própria lesão.
No Rio, foram sorteados dois grupos de pessoas com leishmaniose cutânea que foram tratados de forma diferente e monitorados durante dois anos. “Monitoramos durante esse período todos os efeitos que eles tiveram e o doente volta ao ambulatório diversas vezes.
O estudo contou com apoio de várias instituições, como a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade de Brasília (UNB), a Faculdade de Medicina Tropical de Manaus, a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), entre outras.
Doença tropical
A leishmaniose é uma doença causada por protozoários pertencentes ao gênero Leishmania e transmitida pela picada de um inseto hematófago [que se alimenta de sangue] da família dos flebótomos, conhecido popularmente, entre outros nomes, como mosquito-palha. A leishmaniose é uma doença que ocorre nas regiões tropicais, em países em desenvolvimento, e pode acometer a espécie humana e outros animais.
A doença pode evoluir para casos graves, com feridas grandes na pele e lesões desfigurantes. Ela, no entanto, não costuma ser letal.