Brasil conquista 81 medalhas no Mundial de Queijos e Produtos Lácteos de Tours

O Brasil se destacou no Mundial de Queijos e Produtos Lácteos de Tours, na França, conquistando um total de 81 medalhas. O evento é considerado um dos principais do setor e reuniu 1.640 queijos de diversos países para avaliação. Os produtores brasileiros se destacaram com 17 medalhas de ouro, 23 de prata e 41 de bronze, superando a performance da edição anterior.

No total, 91 produtores do Brasil apresentaram 288 queijos no concurso, representando estados como Minas Gerais, Bahia, Pará, Ceará, Goiás, Paraná, Santa Catarina, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo. Minas Gerais teve um desempenho notável, recebendo dez das medalhas de ouro.

Destacando-se entre os queijos premiados, o "Caprinus do Lago", produzido por Fabrício Le Draper Vieira no Capril do Lago, no estado do Rio de Janeiro, foi o único produto não europeu a figurar entre os 12 melhores na categoria Super Ouro. Esse reconhecimento é um marco, sendo a primeira vez que um produto brasileiro conquista tal posição em um concurso mundial de queijos no exterior.

O "Caprinus do Lago" é um queijo de cabra de massa prensada e semicozida, elaborado com leite cru. Sua produção demanda um ano e envolve cuidados diários, resultando em um produto de alta qualidade e sabor único. A demanda por esse queijo é tão alta que a fila de espera para adquiri-lo já ultrapassa mil pessoas.

Fabrício Le Draper Vieira, produtor do "Caprinus do Lago", revelou à Agência Brasil sua paixão como o ingrediente fundamental para o sucesso em suas empreitadas, seja na produção de queijos ou na odontologia, sua carreira principal. Sua dedicação e amor pelo que faz têm sido os diferenciais para alcançar resultados notáveis.

Além do sucesso na produção de queijos, outra brasileira, Marina Cavechia, foi destaque no concurso ao ser eleita a melhor queijista do país. Ela representou o Brasil na etapa mundial da competição, competindo com os melhores do mundo nessa categoria. Embora não tenha conquistado o título de melhor queijista global, a experiência foi enriquecedora e demonstra a importância de valorizar o setor queijeiro no Brasil.