Brasil declara "preocupação" sobre ordem de prisão do principal opositor de Nicolás Maduro
O governo brasileiro afirma que a ordem não está conforme o que Maduro se comprometeu nos Acordos de Barbados
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O governo brasileiro emitiu um posicionamento oficial em relação ao mandado de prisão ao principal opositor de Nicolás Maduro. A nota foi realizada em conjunto com o governo colombiano e emitiu a "profunda preocupação" de ambos os países.
"Os governos de Brasil e Colômbia manifestam profunda preocupação com a ordem de apreensão emitida pela Justiça venezuelana contra o candidato presidencial Edmundo González Urrutia, no dia de ontem, 2 de setembro," afirmou.
O governo afirma que a medida afeta os compromissos assumidos pelo Governo venezuelano nos Acordos de Barbados, ocasião em que reforçou o compromisso do país com a democracia. A situação dificulta a resolução pacífica dos conflitos.
Segundo Celso Amorim, assessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), revelou nesta segunda-feira (2) a preocupação do governo. A detenção representaria uma prisão política e não seria tolerada pelo Brasil.
Apesar da iminência da prisão, Edmundo González afirmou que não sairá do país e não solicitará asilo político em nenhuma embaixada.
Confira na íntegra.
Os governos de Brasil e Colômbia manifestam profunda preocupação com a ordem de apreensão emitida pela Justiça venezuelana contra o candidato presidencial Edmundo González Urrutia, no dia de ontem, 2 de setembro.
Esta medida judicial afeta gravemente os compromissos assumidos pelo Governo venezuelano no âmbito dos Acordos de Barbados, em que governo e oposição reafirmaram seu compromisso com o fortalecimento da democracia e a promoção de uma cultura de tolerância e convivência. Dificulta, ademais, a busca por solução pacífica, com base no diálogo entre as principais forças políticas venezuelanas.