Brasil deve seguir o exemplo da DeepSeek, mas construir modelos de Inteligência Artificial próprios
Segundo ministra da Ciência, Brasil pode ser uma das potências na tecnologia
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Luciana Santos, ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), afirmou que as estratégias para o desenvolvimento de inteligência artificial no Brasil devem seguir o exemplo da DeepSeek, IA chinesa que foi destaque mundial nesta semana. A declaração foi realizada em entrevista à CNN.
Segundo a ministra, a ideia é construir uma IA com modelos próprios. “A gente quer desenvolver nossos próprios modelos. Mas é óbvio que a gente bebe na fonte daquilo que é mais avançado, até para ter agilidade no desenvolvimento”, disse Luciana.
Com a ascensão da DeepSeek, o governo compreende que há uma possibilidade maior de países emergentes competirem no ramo da Inteligência Artificial. Com o investimento necessário, o Brasil pode ser uma das potências na tecnologia.
“O aspecto que considero mais importante é: há um debate de que o volume de investimentos necessário para competir em IA seria inalcançável para emergentes. A DeepSeek conseguiu, com menos recurso, ter a mesma resposta que ChatGPT e outras. Isso reforça a viabilidade do que planejamos”, afirmou a ministra.
Luciana ainda ressaltou as vantagens que o Brasil possui em relação a outros países, como: abundância em energia limpa e água.
Em 2024, o MCTI apresentou um plano com R$ 23 bilhões de investimentos em inteligência artificial para o período entre 2024 e 2028. R$ 5 bilhões serão investidos em infraestrutura e desenvolvimento de IA, já R$ 14 bilhões deverão ser destinados para projetos de inovação empresarial.