Brasil exportou mais que o dobro do que recebeu de linhagens do novo coronavírus, releva estudo

A pesquisa foi publicada no site Medrxiv e ainda precisa de revisão de outros especialistas

Por Da Redação
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Brasil exportou mais que o dobro do que recebeu de linhagens do novo coronavírus, releva estudo

Foto: Reprodução/R7

Um amplo estudo, elaborado por mais de cem pesquisadores e coordenado no Brasil, mostra que o país exportou mais do que o dobro de linhagens ou variantes do SARS-CoV-2 (o novo coronavírus, que causa a covid-19) do que importou de outros países. A pesquisa foi publicada no site Medrxiv, e ainda precisa de revisão de outros especialistas.

A pesquisa estudou 3.866 genomas coletados até 30 de junho de 2021 nos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal e concluiu, pela primeira vez, um mapa com a dinâmica da introdução do novo coronavírus no Brasil. 

O estudo destacou um papel decisivo da pandemia brasileira na transmissão da variante gamma na América do Sul e em outros países no mundo.

De acordo com os pesquisadores, durante a primeira fase da pandemia (até agosto de 2020), foram 147 importações de tipos de vírus que fizeram a covid-19 se disseminar pelo país. Dessas, 114 ocorreram antes da efetivação de medidas de restrição social, em abril de 2020, e a maioria veio da Europa. Outras 33 introduções aconteceram após as medidas até agosto de 2020.

No entanto, o Brasil se tornou com o vírus, o polo mundial de novas mutações e foi responsável por pelo menos 316 eventos de exportação da variante gama e 32 da variante zeta, totalizando 348 casos, ou 136% a mais que o número de importações.

"Conforme a epidemia progredia, a ausência de medidas de restrição efetivas levou ao surgimento local e disseminação internacional das variantes de preocupação (VOC) e de interesse (VOI), incluindo as gamma (P.1) e zeta (P.2)", afirma o estudo.

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