Brasil fica de fora de posicionamento do Mercosul contra ataque russo na Ucrânia
Presidente Jair Bolsonaro não assinou comunicado que condena invasão no Leste Europeu
Foto: Reprodução
Os presidentes da Argentina, Paraguai e Uruguai, estados membros do Mercosul, condenaram, nesta sexta-feira (25), os ataques da Rússia à Ucrânia. No entanto, o comunicado que não incluiu o Brasil, após o presidente Jair Bolsonaro ter tido uma opinião diferente sobre o tema.
Em nota divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores do Paraguai, que assume a Presidência do Mercosul neste semestre, os líderes dos três países afirmaram que o avanço russo sobre o território ucraniano configura uma "violação aberta dos princípios e normas do Direito Internacional".
"Nesse sentido (...) apelam com veemência à suspensão da agressão e à retirada imediata das forças militares russas do território ucraniano para o início urgente de negociações diplomáticas que levem a uma solução pacífica, aceitável e duradoura", afirmaram.
Durante transmissão ao vivo nesta quinta-feira (24), Bolsonaro, que recentemente se encontrou com o presidente Vladimir Putin em Moscou, criticou o vice-presidente da chapa dele, Hamilton Mourão, após este se manifestar contra o ataque russo à Kiev e afirmou que tratar do assunto "não é competência dele".
Na transmissão, Bolsonaro respondeu que somente ele trata de questões internacionais e não repudiou a situação militar russa.