Brasil influencia queda nos custos globais de carne

Índice de Preços dos Alimentos da FAO atinge menor patamar em três anos

Por Da Redação
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Brasil influencia queda nos custos globais de carne

Foto: Unsplash/Alex Hudson

O Índice de Preços dos Alimentos da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) atingiu o menor patamar em quase três anos, registrando uma queda de 118 pontos em janeiro. O Brasil, destacado entre os países influentes, contribuiu para a queda de 1,1% nos valores internacionais da carne bovina, mantendo uma tendência descendente pelo sétimo mês consecutivo.

Essa variação de 1,1%, em comparação a dezembro, e de 10% em relação ao mesmo período do ano anterior, foi impulsionada principalmente pela redução nos custos de cereais e carne. Em dezembro de 2023, o índice já havia registrado 119,1 pontos, marcando o ponto mais baixo desde fevereiro de 2021.

O primeiro mês de 2024 marcou um novo recorde na demanda global de carne, impulsionado por uma forte procura de importações, escassa oferta de gado pronto para abate no Brasil e uma alta demanda por reposição de rebanhos na Austrália. A redução nos custos da carne foi atribuída à oferta abundante dos principais países exportadores, resultando em uma diminuição nos preços internacionais de carnes de aves, bovina e suína, conforme indicado pela FAO.

No cenário do açúcar, a queda de 1,9% foi influenciada pelo avanço das condições de cultivo no Brasil, em meio a perspectivas favoráveis de produção nos grandes países exportadores, incluindo Índia e Tailândia. Em relação aos cereais, a perspectiva de uma produção histórica de milho no Brasil contribuiu para a acentuada queda nos preços do grão, cuja colheita no Hemisfério Sul está prestes a começar.

A FAO destaca que os preços globais de exportação do trigo diminuíram em janeiro, impulsionados pela competição acirrada entre os exportadores e pela chegada de suprimentos recentemente colhidos nos países do hemisfério sul.

A organização também divulgou o Índice de Produção de Cereais, prevendo um recorde histórico de 2,8 bilhões de toneladas em 2023, representando um aumento de 1,2% em relação ao ano anterior. O ajustamento da produção global de cereais secundários indica agora um recorde de 1,5 bilhões de toneladas, após um aumento de 12 milhões de toneladas neste mês, com base em dados do Canadá, China, Turquia e Estados Unidos, onde altos rendimentos e colheitas maiores do que o esperado sustentaram as estimativas de aumento na produção de milho.

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