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Brasil joga mal, mas bate Venezuela e retoma liderança das Eliminatórias

Seleção tem apresentação sonolenta, mas consegue gol providencial para se manter com 100% de aproveitamento

Por Da Redação
Ás

Brasil joga mal, mas bate Venezuela e retoma liderança das Eliminatórias

Foto: Lucas Figueiredo/CBF

A Seleção Brasileira segue 100% nas Eliminatórias. Apesar de ter jogado mal, a equipe bateu a Venezuela por 1 a 0, na noite desta sexta-feira (13), no estádio do Morumbi, em São Paulo, em confronto válido pela terceira rodada das Eliminatórias para Copa do Mundo do Catar. Com resultado, Brasil volta a liderança isolada da competição, com nove pontos somados.

Durante a primeira etapa foi possível notar uma superioridade da Seleção no jogo, mas nada tão gritante. A equipe teve maioria esmagadora de posse de bola, constantemente atuante no campo de ataque, mas pouco conseguia produzir situações de perigo diante de uma Venezuela toda recuada, que só conseguia passar da linha de meio campo por meio de chutões para frente.

A primeira boa chance ocorreu aos seis minutos, quando Renan Lodi recebeu lançamento pela lateral e bateu de primeira para o gol, o goleiro rebateu para o meio da área e Richarlison completou para o gol, mas o árbitro identificou falta no início da jogada e anulou o que seria o primeiro gol do jogo.

Com muita dificuldade para trocar passes dentro da área da Venezuela, a Seleção resolveu arriscar as chances por meio de outro recurso: o chute de fora da área.

Aos 28 minutos, Allan deu passe para Firmino, que de fora da área, chutou firme, rasteiro, para boa defesa do goleiro venezuelano, jogando para escanteio. 

Nenhuma chance chamou mais atenção quanto a que aconteceu aos 32 minutos, e de maneira inacreditável. Renan Lodi cruzou pelo lado esquerdo para dentro da área, Gabriel Jesus ajeitou para Richarlison, que com gol praticamente aberto finalizou para fora do gol. Impressionante a chance que o Pombo desperdiçou.

O que dificultou e muito que a Seleção pudesse construir com eficiência as jogadas foram os sequenciais passes errados nas transições entre defesa e ataque. O time abusava dos lançamentos em profundidade, que na maioria das vezes sai pela lateral ou linha de fundo.

Sem ser ameaçada, a Venezuela apenas montou a linha defensiva, que se portava da maneira mais adequada possível e conseguiu levar o empate parcial para o intervalo.

Se o que se viu na primeira etapa foi uma partida um tanto monótona com poucas chances criadas e baixa qualidade técnica apresentada, não foi diferente do que ocorreu na etapa final. A Seleção permanecia muito previsível e sem capacidade de criação de jogadas, o que fazia o jogo ficar sonolento, já que a Venezuela apenas se preocupava em se defender e raramente subia ao campo de ataque.

Na chance mais clara ocorrida no jogo, aos 22 minutos, a Seleção conseguiu abrir o placar. Após troca de passes, Éverton Ribeiro recebeu passe pelo lado esquerdo, cruzou para dentro da área, a zaga da Venezuela afastou mal e a bola sobrou nos pés de Firmino, que só empurrou para o fundo das redes, inaugurando o placar no Morumbi.

O gol nada fez a Seleção mudar a postura sonolenta no jogo. O time parecia contente e satisfeito com o resultado e focou mais em trocar passes para o lado do que ir em busca de ampliar o placar. Com nenhuma novidade, o resultado não foi modificado até o apito final do árbitro.

A próxima partida da Seleção Brasileira será na próxima terça-feira (17), às 20h, contra o Uruguai, no estádio Centenário, em Montevidéu.

Análise da Seleção Brasileira na partida

A pior partida já jogada pela Seleção Brasileira nas Eliminatórias. Durante todo o confronto foi notado um time desorganizado, com poucos recursos para chegar a área adversária, além de lento e com pouca mobilidade no campo de ataque. Os sequenciais erros de passes foram incontáveis e só serviram para dar uma pitada a mais da péssima apresentação dos comandados de Tite, talvez para combinar com a mística sexta-feira 13, já que o Brasil foi um verdadeiro filme de horror em campo.

A vitória de hoje não pode mascarar o futebol apresentado pelos comandados de Tite nesta noite. A Venezuela era uma equipe muito frágil, ainda não havia somado pontos na competição e dava claros sinais de deficiência técnica, mas que o Brasil não conseguiu aproveitar pela já manjada proposta de jogo. Houve momentos em que os volantes e zagueiros precisavam avançar mais para tentar criar algo diante do tímido meio campo brasileiro.

Claro que os desfalques do jogo foram um diferencial. Jogadores como Neymar e Philippe Coutinho são um fator de desequilíbrio para o time, mas não dá para se apoiar apenas nessa justifica. Que essa postura apática e ruim não se repita diante do Uruguai na próxima terça-feira em Montevidéu, do contrário, a invencibilidade estará ameaçada.

 

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