Brasil leva ouro, prata e bronze no Stade de France nesta terça-feira
Baiana de Ibipeba Raissa Machado, 28, ganhou a prata no lançamento de dardo na classe F56
Foto: Silvio Avila/CPB
No sexto dia de competições dos Jogos Paralímpicos de Paris, o Brasil ganhou ouro, prata e bronze em provas do atletismo no Stade de France.
O sul-mato-grossense Yeltsin Jacques, 32, repetiu o resultado de Tóquio-2020 e ficou novamente com o ouro nos 1.500m na classe T11 (atletas com deficiência visual). O atleta natural de Campo Grande completou o percurso com o tempo de 3min55s82, marcando um novo recorde paralímpico e mundial que já era dele, obtido nos Jogos do Japão (3min57s60).
Na mesma prova, o paulista Júlio César Agripino, 33, levou o bronze, completando a distância em 4min04s03. A prata foi do etíope Yitayal Yigzaw (4min03s21).
Na prova dos 5.000m disputada na sexta-feira (30), Agripino ficou com o ouro, enquanto Jacques, que venceu há três anos na capital japonesa, foi bronze.
"Tive uma lesão, quando me recuperei sofri com uma virose, isso atrapalhou um pouco nos 5.000m. Mas nos 1.500m é mais força, já sou forte geneticamente e deu tudo certo. Eu até tinha apostado que viria o recorde com 3min53s, ou 3min54s, veio com 3min55s. Muito feliz por repetir o que fiz em Tóquio, fruto de muito trabalho. O Brasil se tornou uma força nas provas de meio fundo e de fundo, pesquiso bastante sobre fisiologia, somos muito fortes e só temos a crescer e conseguir ótimos resultados", afirmou Jacques em declarações publicadas pelo CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro).
Já a baiana de Ibipeba Raissa Machado, 28, ganhou a prata no lançamento de dardo na classe F56 (em que os atletas competem sentados por sequelas de poliomielite, lesões medulares e amputações).
Raissa, que nasceu com má-formação nas pernas, alcançou a marca de 23m51. Diana Krumina, da Letônia, ficou com o ouro (24m99), e Lin Sitong, da China, com o bronze (22m35).
"Acordei sabendo que uma medalha seria minha, não importava a cor. Agora é começar a me preparar para buscar o ouro em Los Angeles", disse Raissa, que também foi prata na mesma prova em Tóquio-2020.
No tênis de mesa, a catarinense de Criciúma Bruna Alexandre, 29, ficou com o bronze ao perder a semifinal na classe WS10 (para atletas andantes) para a chinesa naturalizada australiana Qian Yang por 3 sets a 2 (6/11, 11/3, 9/11, 11/9 e 11/3). Não há disputa pelo terceiro lugar no tênis de mesa nos Jogos Paralímpícos.
O confronto foi uma reedição da final de Tóquio-2020, quando Qian também levou a melhor sobre a brasileira.
Bruna, que foi a primeira atleta do país a disputar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos em um mesmo ciclo, soma agora seis medalhas em Paralimpíadas, com uma prata e cinco bronzes.