Brasil ocupa 110ª colocação no ranking mundial da liberdade de imprensa
Dados são do relatório do Repórteres Sem Fronteira (RSF)
Foto: Agência Brasil
Dados de um levantamento feito pela organização Repórteres Sem Fronteira (RSF), divulgado nesta terça-feira (3), mostram que o Brasil ocupou a 110º colocação no ranking mundial da liberdade de imprensa. No total, 180 países foram avaliados neste ano.
O relatório aponta, ainda, que no Brasil as relações entre o governo e a imprensa se deterioraram significativamente, desde a chegada ao poder do presidente Jair Bolsonaro. De acordo com os dados, 73% dos 180 países avaliados a cada ano são caracterizados por situações consideradas “muito graves”, “difíceis” e "problemáticas" no que diz respeito à liberdade dos jornalistas.
A quantidade de países onde a situação é “muito grave” passou de 21 para um recorde de 28. Cuba, Honduras, Venezuela, Rússia e Coreia do Norte são alguns dos locais que ocupam os piores lugares do ranking. A Rússia, que atualmente está em uma guerra com a Ucrânia ocupa a 155º posição. O país que registrou a queda mais forte na lista de liberdade de imprensa foi a China, ao passar do 80º para o 148º lugar na classificação.
“É a queda mais expressiva do ano, mas é totalmente merecida pelos constantes ataques à liberdade de imprensa e o lento desaparecimento do Estado de Direito em Hong Kong”, declarou Cedric Alviani, diretor da RSF.
Apenas oito países, incluindo Portugal e Costa Rica, apresentam uma “boa situação”, contra 12 em 2021. Na América Latina, a RSF lamenta que os jornalistas trabalhem em um ambiente “cada vez mais venenoso e tóxico”. Com pelo menos sete jornalistas assassinados em 2021, o México permanece como o país mais violento do mundo para a imprensa e ocupa a posição 179 de 180 na classificação de segurança. A colocação geral ficou da seguinte forma: Noruega, Dinamarca e Suécia são os melhores destinos. Irã, Eritreia e Coreia do Norte são os destinos menos seguros.