Brasil ocupa 140º lugar de 193 no ranking de representação feminina em cargos públicos eletivos
Índice se aproximou de 10% nas últimas eleições no País

Foto: Reprodução / TSE
Em uma classificação que abrange 193 países, o Brasil ocupa atualmente o 140º lugar no ranking de representação feminina em cargos públicos eletivos. Em média, cerca de 25% dos cargos públicos são ocupados por mulheres. No entanto, no Brasil, o índice se aproximou de 10% nas últimas eleições. Por isso o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) quer ampliar a participação das mulheres na política.
De acordo com um estudo realizado pelo PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) e pela ONU Mulheres, o Brasil está em 9º lugar entre 11 países da região com relação a direitos políticos femininos.
Entre os problemas identificados, está a violência política de gênero. O Brasil não uma legislação específica sobre o assunto que, segundo a Câmara dos Deputados, "pode ser caracterizada como todo e qualquer ato com o objetivo de excluir a mulher do espaço político, impedir ou restringir seu acesso ou induzi-la a tomar decisões contrárias à sua vontade".
O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do TSE, tem mediado conversas sobre a importância da participação das mulheres em espaços de poder. O objetivo é despertar maior interesse e engajamento do público feminino na vida política. Em um deles participou a atriz Camila Pitanga, que é embaixadora da ONU Mulheres (Organização das Nações Unidas).
Foi criado o Guia de Segurança do Instagram para Mulheres na Política com o objetivo de incentivar as candidaturas femininas. O Instagram preparou um documento que orienta mulheres que decidiram se candidatar ou que já ocupam um cargo eletivo a se protegerem de comportamentos de ódio e preconceito nas redes sociais. Cerca de 70% das mulheres indicam o assédio online como um grande problema. No caso dos homens, o índice é de 54%.
Há ainda a comissão TSE Mulheres, formada por servidoras do tribunal para acompanhamento das ações sobre a participação feminina na Justiça Eleitoral, e o site Participa Mulher.
Para denúncias de violência contra a mulher, existe a Central de Atendimento à Mulher, basta ligar 180.