Brasil recupera certificado de eliminação do sarampo, após cinco anos
Documento foi entregue pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS)
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O Brasil recuperou o certificado de país livre do sarampo, rubéola e Síndrome da Rubéola Congênita (SRC), que havia sido perdido em 2019. A recertificação foi entregue pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) ao Ministério da Saúde, nesta terça-feira (12).
O país já havia sido classificado como zona livre do sarampo em 2016 e, nos dois anos seguintes, o país permaneceu sem registrar novos casos de sarampo. No entanto, acabou perdendo o certificado em 2019 após surtos da doença. Entre fevereiro de 2018 e fevereiro de 2019, o Brasil registrou 10.374 casos. O pico foi atingido em julho de 2018, com 3.950 casos.
Em junho, o Brasil completou dois anos sem casos autóctones (com transmissão em território nacional) de sarampo — o último foi confirmado em 5 de junho de 2022, no Amapá. Neste ano, por exemplo, foram registrados quatro casos, mas todos de pessoas que retornaram de outros países.
No ano de 2023, o país obteve a elevação de status de “país endêmico” para “país pendente de reverificação” da doença. . Depois de diversas reuniões e visitas técnicas da Opas, o certificado foi concedido novamente ao país.
O sarampo é uma doença extremamente contagiosa, que pode ser evitada por vacina. Estima-se que uma pessoa infectada pode contaminar outras 12 ou 18 pessoas. A transmissão ocorre por meio das secreções do nariz e da boca expelidas ao tossir, respirar ou falar.