Brasil regressa e volta a ser a 10ª maior economia do mundo em 2024

Apesar do desenvolvimento alto em 2024, crescimento do PIB do país em dólares quase chegou em zero, revela pesquisa da Austin Rating

Por Da Redação
Ás

Atualizado
Brasil regressa e volta a ser a 10ª maior economia do mundo em 2024

Foto: José Cruz/Agência Brasil

Embora seja um dos mais altos desenvolvimentos em mais de uma década, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro teve o pior crescimento no ano passado em relação a 2023, na comparação internacional. A economia brasileira foi ultrapassada pela do Canadá e saiu da nona posição entre as maiores do mundo, em 2023, para a décima em 2024, segundo o ranking feito pela agência brasileira de classificação de riscos Austin Rating.

O PIB do Brasil aumentou 3,4% em 2024, o segundo maior aumento alcançado pelo Brasil desde 2011. Somente em 2021, quando o país desenvolveu cerca de 5% no ano de recuperação do tombo gerado pela pandemia em 2020, o resultado foi maior. Na comparação internacional a taxa de crescimento brasileira também não vai mal: foi o vigésimo país que mais desenvolveu em 2024 em uma lista de 64 países acompanhados pela Austin.

A resposta para a recessão no ranking passa, especialmente, pelo câmbio e pela forte desvalorização do real em 2024, visto que, para o resto do mundo, o que interessa é o tamanho das economias na mesma moeda, em dólar. Para alcançar os resultados, a Austin usa a cotação média da taxa de câmbio de cada ano para converter os valores. Com o mau desempenho do Brasil no câmbio foi pior do que o bom desempenho que alcançou no PIB. Em dólares, o PIB brasileiro aumentou somente 0,3%.

“Em 2024, o câmbio médio do Brasil desvalorizou 7,3%”, diz Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating e o responsável pelo ranking. “O Canadá, que ultrapassou o Brasil, teve uma desvalorização menor de sua moeda, ainda que tenha crescido menos do que o Brasil. Por isso é possível ver que a perda de posição se deu mesmo pelo câmbio.” O PIB do Canadá, em moeda local, aumentou 1,6% em 2024 – metade da taxa do Brasil.

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