Coronavírus

Brasil representa 77% das mulheres grávidas e puérperas que morreram no mundo de coronavírus

Esse número pode estar relacionado a forma de como a gestão tem tratado a doença no país

Por Da Redação
Ás

Brasil representa 77% das mulheres grávidas e puérperas que morreram no mundo de coronavírus

Foto: Reprodução

Um estudo mostrou que 77% das mulheres grávidas e puérperas que morreram no mundo, por causa da Covid-19, estão no Brasil, segundo o levantamento das universidades Unesp, UFSCAR, IMIP e UFSC. Ainda de acordo com o estudo, esse número pode estar relacionado a forma de como a gestão tem tratado a doença no país. 

Em três meses, o Brasil teve 978 grávidas e puérperas com coronavírus. A primeira morte foi registrada em 22 de março. Na análise, as pesquisadoras também apontaram que dos 124 óbitos de mulheres gestantes ou puérperas, 74 dessas mulheres desenvolveram a doença na gestação e 50 no pós-parto. 

Por causa desse número, na Bahia, o vereador Marcos Mendes (PSOL) sugeriu um Projeto de Indicação (n° 403/2020) para firmar uma parceria entre a Universidade Federal da Bahia (UFBA) e a prefeitura de Salvador para que seja cedido o anexo do Hospital Universitário Professor Edgard Santos (Hupes) com o objetivo de ampliar o número de leitos (enfermaria e UTI) já que, atualmente, a Maternidade Climério de Oliveira (MCO) está funcionando temporariamente no Hospital Salvador (HS), o que pode justificar o crescimento de mortes de mulheres grávidas. 

Segundo ele, a unidade de saúde para parto atende "gestantes de alto risco" e a internação de pacientes com o novo coronavírus pode agravar o quadro das mulheres e bebês. "Todas as grávidas ou mulheres que deram à luz estão mais suscetíveis aos efeitos da Covid-19 por até 45 dias após o parto. Por isso, meu mandato se opõe à internação de pacientes contaminados com a Covid-19 no Hospital Salvador e sugere uma parceria entre a UFBA e a prefeitura para que seja cedido o anexo do Hospital Universitário Edgar Santos para garantirmos uma maior proteção às gestantes e bebês da Climério de Oliveira", destaca o parlamentar, ao salientar que a maternidade ocupa cinco andares do Hospital desde 2017. 

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