Economia

Brasil se consolida como maior fornecedor de milho para a China

No período de janeiro a fevereiro, a China importou 4,1 milhões de toneladas de milho do Brasil

Por Da Redação
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Brasil se consolida como maior fornecedor de milho para a China

Foto: Wenderson Araujo/Trilux

O Brasil consolidou sua posição como principal fornecedor de milho para a China nos dois primeiros meses deste ano, além de registrar um aumento expressivo nas exportações de soja para o país asiático, conforme dados divulgados pela alfândega chinesa na última quarta-feira (20). 

No período de janeiro a fevereiro, a China importou 4,1 milhões de toneladas de milho do Brasil, de um total de 6,19 milhões de toneladas recebidas, marcando um crescimento de 178% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Enquanto isso, as importações de milho dos Estados Unidos caíram 67%, totalizando 766.989 toneladas.

O aumento dos suprimentos brasileiros para a China ocorre após Pequim abrir suas portas para as exportações de milho do Brasil há cerca de um ano, buscando diversificar seus fornecedores e reduzir a dependência dos produtos norte-americanos.

O Brasil, impulsionado por uma safra abundante e melhorias logísticas, tem se destacado como uma potência sul-americana na exportação de grãos. Além disso, o país planeja expandir suas exportações de milho, soja e outros produtos por meio do porto de Chancay, no Peru, controlado pela China, o que proporcionaria uma rota mais eficiente para o envio de mercadorias para a Ásia via Oceano Pacífico.

No que diz respeito à soja, as importações brasileiras pela China aumentaram 211% em relação ao ano anterior nos primeiros dois meses de 2024, totalizando 6,96 milhões de toneladas. Enquanto isso, as importações dos EUA caíram de 9,71 milhões de toneladas para 4,96 milhões de toneladas.

Com isso, o Brasil detém agora 53% do mercado de soja chinês, enquanto os EUA respondem por 38%, de acordo com cálculos da Reuters.

A forte competitividade do Brasil no mercado global de grãos tem impulsionado as importações chinesas, enquanto o país continua a oferecer preços mais atrativos e produtos de alta qualidade. A safra de soja brasileira para o ciclo 2023/24 está em andamento, atingindo 63% da área plantada até o momento, de acordo com a consultoria AgRural.

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