Mais de 50 mil funcionários públicos pressionam governo Lula por reajuste salarial
Pelo menos 16 categorias deram início a paralisações ou operações-padrão
Foto: Agência Brasil/José Cruz
Dos técnicos do Banco Central aos agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), pelo menos 16 categorias do serviço público federal, totalizando cerca de 50 mil trabalhadores, deram início a paralisações ou operações-padrão como forma de pressionar o governo por reajustes salariais.
O Orçamento Geral da União de 2024, no entanto, não prevê recursos para esse fim. A ministra da Gestão, Esther Dweck, tem sido cautelosa nas declarações sobre aumentos salariais. No mês passado, ela afirmou que os servidores só receberiam reajustes em caso de excedente na arrecadação de impostos federais.
Atualmente, o governo acena um reajuste de 9%, dividido em duas parcelas iguais, a serem pagas em 2025 e 2026 — ou seja, 4,5% para cada ano. Para este ano, está prevista apenas uma elevação nos benefícios, como o auxílio-alimentação e a assistência pré-escolar para filhos.
Veja as categorias que aderiram ao movimento:
-Auditores Fiscais Federais Agropecuários, em “operação reestruturação”;
-Carreira de Planejamento e Orçamento aderiu à operação-padrão;
-Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), em operação-padrão;
-Banco Central em operação padrão há 8 meses, com possibilidade de greve em abril;
-Agência Brasileira de Inteligência (Abin), em estado de mobilização com indicativo de greve;
-Comissão de Valores Mobiliários (CVM), em operação padrão nível 2, com assembleia marcada para o próximo dia 27;
-Carreira de Analista de Comércio Exterior planeja início de operação-padrão a partir de 1º de abril;
-Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais do Trabalho (Sinait), em mobilização desde dezembro;
-Controladoria-Geral da União (CGU), em operação-padrão, entrega de cargos e paralisações semanais;
-Secretaria do Tesouro Nacional (STN), em operação-padrão, entrega de cargos e paralisações semanais;
-Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama);
-Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio);
-Técnico-Administrativos das Instituições Federais de Ensino;
-Advogado-Geral da União (AGU);
-Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN);
-Procuradores Autárquicos.
