Brasil tem cerca de 1 milhão de pessoas que vivem com HIV
Médica esclarece as principais dúvidas sobre a doença

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O mês de dezembro é marcado pela campanha Dezembro Vermelho só de HIV. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 920 mil brasileiros vivem com o vírus. Deste total, 89% foram diagnosticados, 77% fazem tratamento com antirretroviral e 94% das pessoas que fazem o tratamento já não transmitem o HIV, por terem atingido a carga viral indetectável. Os indicadores do Boletim Epidemiológico HIV/AIDS do Ministério da Saúde, de 2020, mostraram ainda que os homens predominam os casos de infecção com 69,4%, contra 30,6% em mulheres. O que indica 26 homens para cada 10 mulheres infectadas.
Outro levantamento do Ministério da Saúde, da Secretaria de Estado da Saúde e da Unaids aponta que, a cada 15 minutos, uma pessoa é infectada com o vírus. Em São Paulo, sete pessoas morrem por dia, com doenças relacionadas à Aids. Karina Santos, médica da família da Sami, operadora que é a revolução dos planos de saúde, explica o que diferencia o HIV de AIDS.
“Muitas pessoas podem achar que HIV e AIDS são doenças diferentes, mas não é bem assim. HIV é o nome dado ao vírus que origina a AIDS, conhecido cientificamente como vírus da imunodeficiência humana. Já a AIDS, por sua vez, é conhecida como síndrome de imunodeficiência adquirida, diagnosticada quando o vírus HIV se multiplica no organismo. A doença atinge o sistema imunológico, fazendo com que ele deixe de defender o corpo contra agentes invasores”, destaca.
A médica alerta que, mesmo sem desenvolver a doença, quem tem o vírus HIV pode transmiti-lo para outras pessoas. Esse contágio pode ocorrer através de transfusão de sangue contaminado; com relações sexuais sem uso de preservativo, incluindo sexo vaginal, oral e anal; na maternidade, quando a mãe é soropositiva, pode passar para o filho durante a gravidez, na amamentação ou até mesmo no parto. “Outra forma de transmissão é o compartilhamento de instrumentos perfurocortantes sem esterilização, como, por exemplo, alicates de unha, espátula ou seringas”, alerta a médica da Sami.