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Brasil utiliza apenas 19% do Orçamento de 2024 para prevenção de desastres naturais

Segundo a análise, os gastos com obras emergenciais superam as ações de prevenção

Por Da Redação
Ás

Brasil utiliza apenas 19% do Orçamento de 2024 para prevenção de desastres naturais

Foto: Gilvan Rocha/Agência Brasil

Um levantamento realizado pela associação Contas Abertas revelou que até o último dia 2 de maio, o Brasil havia utilizado apenas 19% dos R$ 2,6 bilhões previstos no Orçamento da União para prevenção e combate a desastres naturais em 2024, equivalente a R$ 494 milhões. Segundo a análise, os gastos com obras emergenciais superam as ações de prevenção. As informações são do g1.

"Vivemos uma situação paradoxal. As tragédias climáticas se repetem, porém os recursos destinados ao enfrentamento não são utilizados em sua totalidade", declara Gil Castello Branco, diretor-presidente da associação Contas Abertas.

Dos R$ 70 bilhões autorizados de 2010 a 2024 para enfrentar fenômenos climáticos, apenas 65% foram efetivamente gastos, conforme dados históricos levantados. Castello Branco ressalta que muitos projetos de prevenção não chegam a Brasília por falta de envio pelas prefeituras, destacando a dificuldade que municípios menores têm em elaborar projetos complexos.

No Rio Grande do Sul, mais de 80% dos municípios foram atingidos por enchentes que deixaram mais de cem mortos e 230 mil desabrigados. Apesar disso, apenas uma parlamentar destinou emendas para a prevenção de desastres climáticos no estado em 2024.

De acordo com Castello Branco, programas orçamentários tendem a gastar mais com respostas a desastres do que com prevenção. Dos R$ 2,6 bilhões previstos, cerca de R$ 1,5 bilhão é destinado a ações de proteção e Defesa Civil, o maior valor entre todas as ações orçamentárias.

O governo anunciou um pacote de R$ 1,7 bilhão para contenção de encostas e R$ 4,8 bilhões para drenagem urbana como parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) afirmou que as cidades gaúchas precisam apresentar planos de trabalho para receber os recursos, garantindo que todos os solicitados estão assegurados.

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