Brasileiros têm mais de R$ 2 bilhões 'esquecidos' em consórcios, diz Banco Central
Dinheiro 'esquecido' pode envolver multas, rendimentos, juros ou créditos não utilizados nos consórcios
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Um relatório divulgado pelo Banco Central nesta sexta-feira (23) apontou que, ao fim de 2021, os brasileiros tinham R$ 2,16 bilhões em recursos 'esquecidos' em consórcios. O montante se refere ao valor que os ex-participantes desses grupos têm direito de receber, mas não fizeram o saque.
Para o Banco Central, os consórcios são um instrumento relevante de inclusão financeira. "Apesar dos impactos na economia causados pela pandemia de covid-19, (...) [os consórcios mostraram] ser uma importante modalidade de financiamento para aquisição de bens, assim como um relevante instrumento de inclusão financeira", diz trecho do relatório.
Os recursos "esquecidos" podem ser multas, rendimentos, juros ou créditos não utilizados. O Brasil tinha em 2021:
- 131 administradoras com grupos de consórcio ativos
- R$ 20,7 bilhões em patrimônio líquido ajustado (PLA)
- Taxa de inadimplência de 2,5%
- R$ 2,16 bilhões em RNP (Recursos Não Procurados, ou "esquecidos")
- R$ 943 milhões arrecadados com a taxa de permanência sobre RNP
Entre três modalidades de consórcio, a que mais possui cotas ativas é o consórcio de automóveis, com o equivalente a R$4,02 milhões, em seguida motocicletas R$2,38 milhões e por fim imóveis com R$1,21 milhão.