Brasileiros viajam para os EUA e Rússia para antecipar vacina contra Covid-19
Agências europeias oferecem pacotes turísticos com assistências e médicos
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Em meio a vacinação lenta marcada pela escassez dos imunizantes contra a Covid-19, os brasileiros têm recorrido a viagens até um país que ofereça as doses aos estrangeiros. Entre os destinos mais procurados estão os Estados Unidos, onde as exigências para vacinação têm sido flexibilizadas, e a Rússia, cuja Sputnik V ainda não foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Em janeiro, o Departamento de Saúde da Flórida relatou cerca de 52 mil vacinados identificados como pessoas "fora da região", ou seja, moradores de outros Estados americanos ou estrangeiros. Em Nova York, estima-se que cerca de 25% das doses alocadas para a cidade foram administradas em não residentes.
Ao menos duas agências europeias, uma norueguesa russo e uma russa, oferecem pacotes turísticos para a Rússia durante o intervalo entre as doses da Sputnik, vacina não aprovada pela Anvisa.
A viagem pode ser de 23 dias, com vacinação no primeiro e no último dias, com passeios pelas cidades russas, por R$ 18 mil. O pacote mais barato pode ser feito de duas viagens curtas de 4 dias cada uma, espaçadas por 20 dias, sem valor de R$ 11 mil.
As agências oferecem assistências na obtenção dos vistos, máscaras, álcool em gel, transferências para o posto de vacinação, hospedagem em hotel quatro estrelas em Moscou, além de uma consulta médica com tradutor (inglês). Contudo, as passagens aéreas não estão incluídas.