Brexit, uma vitória real

Confira nosso editorial desta sexta-feira (13)

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Brexit, uma vitória real

Foto: EPA / Neil Hall

Nunca desde 1987, no início do último mandato de Margaret Thatcher, o Partido Conservador britânico havia tido uma vitória tão emblemático nas urnas como a conquistada ontem, a comando do já não mais contestado premiê Boris Johnson. 

A oposição foi, no sentido figurado, esmagada, e o caminho está mais livre do que nunca para ao Brexit, que deve dar um novo salto rumo à saída do Reino Unido da União Européia até 31 de janeiro do próximo ano – mês que vem. 

É uma indiscutível vitória do Johnson. Sua campanha, até aqui, é bem-sucedida: cumprir a saída do Reino Unido da União Europeia a todo o custo. A maioria parlamentar dos conservadores é ampla: 364 deputados, contra apenas 203 do Partido Trabalhista Face ao resultado desastroso do seu partido, Jeremy Corbyn anunciou que não concorrerá às próximas eleições, abrindo caminho para uma luta pela sua sucessão.

O triunfo do Partido Conservador, de fato, chacoalhou o Reino Unido. Ontem, após a confirmação da vitória no Parlamento, perfis britânicos do Twitter popularam a rede social com um antigo post – de 2017 – do ex-primeiro ministro trabalhista, Tony Blair. “Se você for confrontar populismo de direita com populismo de esquerda, o populismo de direita vencerá.”

No entanto, o caminho até o Brexit é ardiloso, como sempre foi e explica sua demora. Johnson ainda vai enfrentar a ascensão de um novo ‘inimigo’, o Partido Nacional Escocês e sua líder Nicola Sturgeon, que já fala em um novo plebiscito pela independência do país – a maioria da população da Escócia (que pertence ao Reino Unido) deseja ficar na UE.

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