Bruno Reis minimiza possível ida de PP para base do PT e diz que terá o apoio que precisa 'na hora certa'

O prefeito de Salvador, Bruno Reis, minimizou o possível retorno do Partido Progressista (PP) para a base de apoio do governo da Bahia. Para ele, a movimentação “é novidade”, mas que, ao mesmo tempo, mantém a serenidade porque sabe que “terá o apoio de quem precisa na hora certa”. As declarações foram feitas, na manhã desta quinta-feira (14), durante o lançamento da nova Feira do Curtume, no bairro da Calçada, em Salvador.

Questionado ainda sobre o apoio de outras legendas, em especial a do PL, Bruno Reis disse o diálogo estará sempre aberto para quem quiser somar. “Tenho uma excelente relação com todas as lideranças, relações essas sempre pautadas pelo respeito. Não tenho dificuldade em dialogar com nenhum partido, até mesmo aqueles que estão na oposição. Meu principal objetivo é ter aliados importantes ao meu lado para continuar trabalhando por Salvador”, afirmou.

As declarações de Bruno Reis ocorrem após o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, indicar o interesse de “andar junto” com o PP nas eleições municipais do próximo ano. Nos últimos meses, a sigla, inclusive, tem se reaproximado do partido petista, indicando uma possível união.

O próprio deputado estadual Niltinho, líder do PP na Assembleia Legislativa da Bahia, também já indicou que o caminho natural, após a entrada do partido no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), é que o PP na Bahia também apoie o governo de Jerônimo Rodrigues.

Novos apoios

Ontem, durante o lançamento da campanha “Letramento Digital na Sala de Aula: Trilha para o Futuro”, Bruno Reis já havia comentado o desejo de ter o apoio de João Roma, ex-ministro da Cidadania do governo de Jair Bolsonaro e atual presidente estadual da sigla, em busca da reeleição na Prefeitura de Salvador nas eleições do ano que vem.

“Eu tenho conversado com o ex-ministro Roma. Todo sabe, ele é um amigo de longa data. Temos muitos pensamentos em comum, mas ainda não são conversas em torno de qualquer parceria política”, disse Bruno Reis. “Nomes que eventualmente estejam na nossa gestão, que contribuíram com o trabalho deles no ministério [da Cidadania], ou que têm qualquer relação com o PL, são nomes técnicos, qualificados, e que estão ajudando a gente a fazer uma gestão ainda melhor”, acrescentou.

“Quero ter o apoio do PL. Vou trabalhar pra isso, mas, como eu disse, quando primeiro tomar a decisão de que serei candidato à reeleição e, depois, no momento certo, quando iniciar as tratativas com os demais partidos”, emendou Bruno Reis.