Cacique Tserere pede perdão a Lula e Alexandre de Moraes por meio de carta
Preso por decisão do STF, cacique escreveu nesta quinta (5) que reflete sobre seu posicionamento
Foto: Reprodução
Nesta quinta-feira (5) o indígena José Acácio Serere Xavante, conhecido como Cacique Tserere, preso por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF) há cerca de um mês, divulgou uma carta em que elenca vários pedidos de perdão.
A prisão de Tserere desencadeou atos de vandalismo em Brasília no dia 12 de dezembro. Naquela noite, pessoas tentaram invadir a sede da polícia Federal, atearam fogo em carros e ônibus, além de depredarem uma Delegacia de Polícia Civil. Cerca de 40 manifestantes que participaram dos protestos violentos foram identificados.
Na carta, o cacique diz que nunca defendeu uma ruptura democrática e não acredita na violência como método de ação política. "Entendo que o amor, o perdão e a conciliação são os únicos caminhos possíveis para a vida em sociedade", escreveu.
O indígena, na carta, reconhece que errou ao defender tese de risco de fraude nas urnas eletrônicas e afirma que baseou seu posicionamento em "informações erradas fornecidas por terceiros" e "inteiramente desvinculadas da realidade".
"Na verdade, não há nenhum indício concreto que aponte para o risco de distorção no resultado às urnas, ou na vontade do eleitor brasileiro", escreve.
No final do documento, o indígena distribuiu uma série de pedidos de desculpas endereçados ao "povo brasileiro", ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao ministro Alexandre de Moraes, que mandou prendê-lo, ao STF e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Veja carta na íntegra: