Califórnia: universidades públicas dará acesso à pílula abortiva
A adoção da pílula abortiva no campus já havia sido aprovada em uma lei de 2019
Foto: Reprodução/ Anvisa
Com o intuito de que não saturem as clínicas externas antes da previsível chegada de pacientes de outros estados em que esta medicação é ilegal, as universidades públicas da Califórnia oferecerão a suas alunas e trabalhadoras acesso à pílula abortiva em todos os seus campi.
Os dois sistemas de ensino universitário público do estado, Cal State e Universidade da Califórnia, prometeram nesta quinta-feira (14) incluir a pílula no seguro de saúde de seus alunos, sem custo adicional, antes do próximo dia 1º de janeiro.
O esforço faz parte das medidas que o estado da Califórnia, um dos mais progressistas dos Estados Unidos, está promovendo para blindar o acesso ao aborto depois que a Suprema Corte revogou a decisão que, desde 1973, protegia esse direito em todo o país.
No entanto, a adoção da pílula abortiva no campus já havia sido aprovada em uma lei de 2019. A decisão do Supremo Tribunal apenas acelerou os planos das universidades. De acordo com as duas instituições, que têm campi nas principais cidades do Estado, como Los Angeles, São Francisco e San Diego, a medida ajudará a liberar outras clínicas para que possam atender pacientes de estados restritivos que não permitem a venda dessas pílulas em suas farmácias.
Um estudo de 2018 da Universidade da Califórnia em São Francisco estimou que entre 300 e 500 estudantes do sexo feminino precisam de algum tipo de assistência à saúde reprodutiva a cada mês. Os campi de todas as universidades somam mais de 500.000 alunos matriculados.