Calotas da Antártica podem estar apresentando taxa de derretimento recorde, aponta pesquisa
Levantamento foi apresentado na revista Nature Geoscience por especialistas da Universidade do Maine, nos Estados Unidos
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Uma pesquisa apresentada na revista Nature Geoscience, por especialistas da Universidade do Maine, nos Estados Unidos, revelou que a Antártica pode estar registrando uma taxa recorde de derretimento de suas calotas de gelo nos últimos 5 mil anos.
Como explicaram os cientistas, o comportamento do manto de gelo da Antártida Ocidental diante do aquecimento global continua a ser uma grande incerteza para as projeções do nível do mar.
Além disso, eles também reforçam que a perda maciça em curso das geleiras Thwaites e Pine Island é preocupante, já que elas devem diminuir rapidamente uma vez que estão sendo derretidas por baixo, pelas águas profundas circumpolares quentes.
Esse rápido recuo pode diminuir o tamanho do manto de gelo da Antártica Ocidental, contribuindo potencialmente para um aumento do nível do mar global de até 3,4 metros para os próximos séculos, afirma o levantamento.
No entanto, conforme os pesquisadores, existe a possibilidade de que as geleiras possam ter sido muito menores em um passado geologicamente recente. Isso significaria que, no meio do período Holoceno, como é conhecida o período dos acontecimentos há mais de 5000 anos, o cenário era ainda mais quente que a atual.