Câmara de cidade da Bahia atrasa salários após dois vereadores se declararem presidentes
Disputa pelo comando da Casa tem causado ainda o bloqueio dos repasses
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Foto: Reprodução/TV Subaé
Dois vereadores, Magna Lúcia (União Brasil) e Fernando Coni (Republicanos), se declararam presidentes da Câmara Municipal de Rafael Jambeiro, município a cerca de 180 km de Salvador. A situação tem impedido o repasse de recursos e atrasado salários de servidores e dos próprios vereadores.
No dia de reabertura dos trabalhos na Câmara, na terça-feira (18), duas sessões solenes foram realizadas: uma na sede do Legislativo e outra na prefeitura. O conflito iniciou em 2024 nas eleições da Casa.
No pleito, Magna Lúcia (União Brasil) venceu Fernando Coni (Republicanos) por 6 votos a 5. No entanto, a candidatura dela foi indeferida sob a alegação de que foi registrada fora do prazo regimental.
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Com a determinação, uma nova eleição foi realizada. Fernando se declarou vencedor, considerando os seis votos contrários como abstenções. Por sua vez, Magna alega que pode assumir o cargo, pois o regimento interno permitiria a formação da chapa após as eleições.
Na reabertura, Magna Lúcia foi até a Câmara acompanhada por aliados e tentou assumir a cadeira de presidente, mas foi impedida por Fernando Coni. Às 10h, ela abriu uma sessão solene no plenário da prefeitura, ao lado do prefeito e de cinco vereadores aliados. No mesmo horário, Fernando comandou outra sessão na sede da Câmara, com a presença de quatro vereadores.
O Ministério Público da Bahia (MP-BA) informou que acompanha o caso e que há um inquérito civil em andamento na Justiça. Até o momento não há decisão sobre qual eleição deve prevalecer ou se um novo pleito será convocado.