Câmara dos EUA votará expulsão de George Santos
O escândalo envolve suspeitas de corrupção e gastos indevidos de dinheiro de campanha desde sua eleição em 2022
Foto: Reprodução/George Santos
A Câmara dos Estados Unidos se prepara para uma votação crucial na sexta-feira (1°) que poderá resultar na expulsão do republicano George Santos, filho de brasileiros, em meio a um escândalo que envolve suspeitas de corrupção e gastos indevidos de dinheiro de campanha desde sua eleição em 2022.
Santos, de 35 anos, está sob intensa pressão depois que um relatório dos colegas na Câmara sugeriu que os promotores federais devem apresentar acusações adicionais contra ele. As acusações incluem fraude na campanha eleitoral, com alegações de informações falsas sobre sua vida.
Para que a moção de expulsão seja aprovada, é necessário uma maioria de dois terços na Câmara, atualmente controlada pelos republicanos com uma estreita maioria de 222 a 213 deputados. O presidente da Câmara, Mike Johnson, destacou preocupações sobre abrir um precedente ao expulsar Santos antes do término do processo criminal, mas a votação ainda está em curso.
O distrito representado por Santos, incluindo uma parte da cidade de Nova York e subúrbios a leste, é considerado competitivo, tornando a votação ainda mais crucial para ambos os partidos.
O Comitê de Ética bipartidário lançou um relatório enfatizando um padrão generalizado de má contabilidade e uso indevido de fundos de campanha, questionando a integridade da Câmara. Santos, que já se declarou inocente das acusações federais, enfrenta a possibilidade de acusações adicionais relacionadas a empréstimos falsos, reembolsos indevidos e erros sistêmicos nos relatórios de campanha.
O republicano anunciou que não buscará a reeleição em 2024, mas se recusa a renunciar antes disso. A votação anterior para sua expulsão, em 1° de novembro, não obteve sucesso, já que os republicanos precisam manter sua estreita maioria para bloquear iniciativas legislativas democratas.
Os escândalos de Santos, que incluem a falsificação de sua história pessoal e profissional, impactaram sua credibilidade e o isolaram na Câmara. Agora, a segunda votação para sua expulsão está em andamento.