Câmara Federal terá deputadas transexuais pela primeira vez
Erika Hilton e Duda Salabert foram eleitas no domingo (2)
Foto: Reprodução Redes Sociais /Divulgação
A Câmara dos Deputados terá parlamentares transexuais pela primeira vez na história, com a eleição de Duda Salabert (PDT-MG), com 208 mil votos, e Erika Hilton (PSOL-SP), com 256 mil votos. Outras três trans foram eleitas a cargos de deputadas estaduais em São Paulo, Rio de Janeiro e no Sergipe.
Erika Hilton exerceu seu primeiro cargo público como deputada estadual pela Bancada Ativista em 2018. No entanto, em 2020, deixou o cargo para concorrer a uma vaga de vereadora. Foi eleita a primeira travesti da Câmara dos Vereadores de São Paulo. Duda Salabert, por sua vez, também foi a primeira vereadora trans de Belo Horizonte e a mais votada da cidade, em 2020.
Neste ano, houve uma candidatura recorde de pessoas trans e LGBTQI+ em geral. Foram ao menos 58 candidaturas com esse perfil, segundo levantamento da ONG VoteLGBT. A Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) fez um balanço do resultado das eleições de 2022 e considerou que o número de representantes da população trans no Congresso ainda é baixo, "mas extremamente representativo e potente".
Outros nomes
Em Pernambuco, a advogada travesti Robeyoncé, do PSOL, que é co-deputada estadual em um mandato coletivo, recebeu 80.732 votos para a Câmara dos Deputados e ficou com a primeira suplente do estado. Ela foi mais votada do que seis dos 25 deputados federais eleitos pelo Estado.
Já para os cargos de deputadas estaduais, foram eleitas a vereadora Linda Brasil (PSOL-SE) para a assembleia do Sergipe, a professora Dani Balbi (PCdoB-RJ) para a assembleia do Rio e a vereadora Carolina Iara (PT-SP), para a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).